VI Barómetro Executive Digest – Rogério Carapuça

O desempenho da economia portuguesa foi dos tópicos que maior atenção mereceu por parte dos participantes no VI Barómetro Executive Digest. Conheça os resultados e acompanhe alguns dos comentários do painel.

Por Rogério Carapuça, presidente da APDC

Uma forte maioria dos empresários que responderam a esta edição do barómetro Executive Digest esperam um crescimento do investimento das suas empresas em 2018 de mais de 2.5%. O apetite para o investimento dos privados está de volta. A diferenciação, importante para as empresas, também se aplica ao caso das regiões e países. Portugal tem aptidões para se especializar nalguns sectores, sendo o Turismo considerado essencial. O barómetro reflecte-o e indica outra aposta designada por qualidade vida. O nosso clima, as características acolhedoras do povo, a segurança, a dimensão pequena das cidades, são atributos que a reforçam. É uma excelente aposta para o posicionamento da marca Portugal com sinergia com a aposta no Turismo. É necessário reforçar estes atributos com outros fundamentais para o desenvolvimento. Um País com qualidade de vida tem de ser um País onde o emprego cresce, onde quem trabalha tem novos desafios e oportunidades.

O crescimento do emprego exige um ambiente favorável aos negócios, o que quer dizer, um mercado onde o empresário é acarinhado, como alguém que corre riscos e procura o sucesso no respeito pela lei. Isso tem de estar presente em todas as decisões dos poderes públicos e no comportamento dos empresários. Um ambiente favorável aos negócios, exige a excelência dos serviços públicos, a redução da carga fiscal sobre quem investe e cria emprego, uma justiça rápida e uma regulação que funciona. Tudo isto depende de nós e dos que elegemos. O inquérito mostra contudo que os empresários acreditam mais nos poderes de influência do que nos poderes executivos propriamente ditos, sejam do Governo ou das oposições. Uma matriz preocupante: acreditamos mais na influência e menos na acção executiva directa que é a quem compete afinal resolver os problemas! Alterar esta matriz é determinante para uma forte marca Portugal que ainda não temos mas queremos ter.

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