V Barómetro Executive Digest – Mário Vaz

As reformas na educação, na saúde ou na justiça foram avaliadas pelo painel que responde a este Barómetro Executive Digest. Em praticamente todas há consenso: Portugal tem que se adaptar rapidamente para responder a mudanças que são globais.

Por Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal

Portugal tem a oportunidade de se diferenciar e competir à escala global na revolução digital. Para tal, é preciso garantir um conjunto de factores críticos numa nova realidade. Na Educação, o desenvolvimento das qualificações digitais é vector estratégico fundamental para a criação de emprego, competitividade da economia e desenvolvimento da sociedade. Deve ser impulsionado por todos os actores. A economia digital vai levar a uma grande transformação no mundo de trabalho.

A tecnologia vai estar mais presente; os analistas de dados serão um recurso essencial; e a inteligência emocional, num mundo de robots que dispõem de elevada inteligência matemática, terá relevância acrescida. A educação tem de preparar melhor os profissionais de sucesso deste futuro que está ao virar da esquina. A criação de parcerias em toda a cadeia de valor será uma vantagem competitiva, permitindo construir redes de colaboração e cooperação entre o mundo académico e o empresarial. O ensino universitário deverá também garantir a capacidade da adaptação dos actuais programas, aumentar o grau de formação do ensino técnico, ao mesmo tempo que é preciso apostar na qualificação e especialização de recursos humanos e na retenção de talento.

A promoção da inovação no sistema de ensino, a modernização dos instrumentos, a promoção de estágios e incentivos à contratação são outros eixos prioritários. Numa altura que está já identificado um gap entre procura e oferta, a reforma da Educação é um desafio e oportunidade.

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