Ocupação de escritórios bate recorde em Lisboa

No primeiro semestre deste ano, o mercado de escritórios em Lisboa atingiu um novo recorde. De acordo com dados da Worx, o take-up total – ou seja, ocupação efectiva –, atingiu os 86.819 metros quadrados, o que representa um aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2017.

A consultora indica que as subidas em zonas como o Parque das Nações compensaram as quebras nos bairros históricos e no corredor Oeste. A zona 5, correspondente ao Parque das Nações, foi mesmo a que mais cresceu, apresentando um volume de take-up cinco vezes superior ao de igual período do ano passado.  Os oito mil metros quadrados ocupados pela Teleperformance contribuíram para este resultado.

No total, registaram-se 108 operações no mercado de escritórios na capital portuguesa, entre Janeiro e Junho. Analisando por número – e não por metros quadrados – encontramos uma descida de 16%, o que leva a Worx a concluir que a área média contratada foi superior.

Embora o contexto seja de expansão, Pedro Salema Garção, head of Agency da Worx, alerta para os desafios que ainda existem: «Continua a haver falta de oferta nova e quando surge está maioritariamente assente em projectos de pré-arrendamento.»

No final do primeiro semestre, a taxa de disponibilidade era de 8,10%, mas a tendência poderá inverter-se já nos próximos anos. A previsão da Worx aponta para a entrada de cerca de 290 mil metros quadrados de escritórios, divididos em espaços para ocupação própria e desenvolvimento especulativo.

«O ano de 2019 representa uma oportunidade para conseguir escoar os escritórios usados existentes no mercado. Os proprietários devem investir nesses imóveis de modo a serem absorvidos pelo mercado até 2020 de forma a aproveitar a falta de oferta nova existente», conclui Pedro Salema Garção.

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