O novo rumo da Capgemini Portugal

Duplicar o volume de negócios até 2022, este é o grande objectivo da Capgemini em Portugal. Pelo meio, tem um novo posicionamento, equipa e estratégia de Comunicação.

«2018 foi um ano de mudança de postura. Temos agora um novo rumo e os números começam a aparecer», partilha Cristina Rodrigues, administradora-delegada da Capgemini Portugal, na apresentação dos resultados da consultora, esta tarde, dia 4 de Dezembro, no Palácio do Chiado, em Lisboa.

De uma presença discreta no mercado, quer duplicar o volume de negócios e focar-se na cultura organizacional, estes são os dois grandes desafios da administradora-delegada, nomeada em Julho deste ano. «Queremos fazer de cada um dos nossos colaboradores promotores do negócio.“Ter prazer em ser Capgemini” é um dos lemas da empresa. O foco vai estar na cultura, dentro de dois anos.»

«Estou há 17 anos na Capgemini e nunca tinha vivido um momento destes, de arregaçar as mangas», esclarece Luís Batista, responsável pela área de Manager Services na Banca e um dos braços direitos de Cristina Rodrigues, juntamente com Manuela Gomes, directora de Comunicação. «Estamos a chocalhar o mercado, dizia-me há dias um concorrente», acrescenta Cristina Rodrigues. «O ciclo que aqui estamos a percorrer tem também de ser feito com as pessoas internas, de forma a potenciar as suas carreiras. Vamos ver quem tem o instinto de se chegar à frente. O mercado, para nós, é sempre uma segunda solução», aponta Luís Batista, depois de anunciar que a Capgemini vai recrutar.

Até agora, a Capgemini Portugal já se pode orgulhar de ter aumentado as vendas em 50% no primeiro semestre de 2018, face ao período homólogo anterior, e recentemente foi apontada como o Centro de Excelência na área de Salesforce do Cluster europeu do grupo. Este ano, estima facturar 30 milhões de euros, num aumento de 10% face ao ano anterior, e ser a unidade com maior rentabilidade da Europa, resultado de um crescimento de 78%, em relação ao ano passado. E isto deve-se, segundo Cristina Rodrigues, à equipa. A empresa está em Portugal há 20 anos e conta com mais de 500 colaboradores no escritório em Lisboa e no Centro de Excelência em Évora. Outra das mudanças que trouxe ganhos à operação, afirma a administradora-delegada,  foi o facto da subsidiária portuguesa se ter tornado autónoma – antes era ibérica.

Cristina Rodrigues quer também apostar numa estratégia de comunicação mais próxima, com iniciativas (internas e externas) regulares. Uma das suas últimas medidas foi ouvir todos os colaboradores sobre temas que nunca tinham sido consultados. E a partir daí deu início a várias alterações internas, do vestuário aos horários de trabalho.

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