Mota-Engil Africa quer sair da bolsa

A Mota-Engil informou, no passado domingo, que a sua subsidiária Mota-Engil Africa pretende retirar as suas acções do mercado accionista. Em comunicado enviado à CMVM, a empresa explica que a Mota-Engil Africa «pretende solicitar à Euronext Amsterdam NV a exclusão da negociação, no mercado regulado por esta entidade, das acções ordinárias representativas do seu capital social». A justificação apresentada assenta na ideia de que a cotação das acções já não representa o justo valor da Mota-Engil Africa, na sua perspectiva.

Aos accionistas da empresa será oferecida a possibilidade de desinvestimento por meio de uma oferta de aquisição a lançar pela própria Mota-Engil Africa, esclarece no mesmo comunicado. «A empresa oferecerá uma contrapartida de 6,1235 euros por acção», sendo que este preço é baseado no preço médio ponderado das acções no mercado regulamentado gerido pela Euronext Amsterdam NV, nos seis meses anteriores ao dia 8 de Outubro.

O concelho da Mota-Engil Africa informa ainda que recebeu indicação de que a Mota-Engil SGPS (titular de 82% do capital social da Mota-Engil Africa) «não pretende alienar acções no contexto da oferta» e que a Mota Gestão e Participações SGPS (titular de 13% do capital social da Mota-Engil Africa) «manifestou disponibilidade para alienar as suas acções em troca da contrapartida acima referida».

Por seu turno, a Mota-Engil aproveita a mesma nota para anunciar que pretende promover um aumento de capital da empresa até um montante «equivalente ao que vier a ser empregue pela Mota-Engil Africa na aquisição das acções». A operação implicará a emissão de novas acções Mota-Engil com um preço não inferior a 2,4814 euros por cada nova acção, garante. No aumento de capital deverá participar também a Mota Gestão e Participações SGPS, tendo já transmitido o compromisso de subscrição.

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