Moda muçulmana vale 210 mil milhões de euros

O mercado da moda em países muçulmanos está avaliado em 245 mil milhões de dólares, algo como 210 mil milhões de euros. O valor é apontado pela Fast Company, que cita o mais recente relatório “Global Islamic Economic”, referente a 2016. O mesmo documento aponta para um crescimento continuado até 2022, altura em que este mercado deverá valer 373 mil milhões de dólares (309 mil milhões de euros).

Marcas como Mango, Macy’s, Burberry, Dolce & Gabanna e a portuguesa Zippy estão a apostar nestas geografias, criando colecções ou peças especialmente pensadas para o Médio Oriente. Devido às características da religião muçulmana, são necessários alguns ajustes às criações ocidentais e a adição de elementos que noutros países poderão não ser necessários: recorde o caso da Nike, por exemplo, que desenhou um hijab para mulheres muçulmanas.

Contudo, os consumidores parecem não estar satisfeitos com as opções apresentadas pelas grandes marcas de moda. Um estudo realizado pelo Islamic Fashion and Design Council (IFDC) revela que os inquiridos consideram aborrecidas as linhas desenhadas a pensar na religião muçulmana – especialmente quando comparadas com as colecções desenvolvidas para os restantes consumidores.

«Elas não entendem que esta audiência tem tanto estilo e é tão exigente relativamente aos seus roupeiros como qualquer outra. O que estas mulheres realmente querem é a minissaia que viram na passarela, mas ligeiramente mais larga e comprida», explica Alia Khan, fundadora do IFDC, citada pela mesma publicação.

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