Mark Zuckerberg não satisfaz senado norte-americano

No primeiro dia de Mark Zuckerberg em frente ao senado norte-americano, o CEO do Facebook fez questão de lembrar todos os procedimentos já em marcha no sentido de garantir que outro caso como o da Cambridge Analytica não volta a acontecer. Desde que o escândalo se tornou público, a rede social tornou as definições de privacidade mais visíveis, restringiu os dados partilhados com os programadores e identificou anúncios de cariz político, entre outras medidas.

No depoimento de cerca de cindo horas, Mark Zuckerberg viu-se confrontado com várias dúvidas colocadas pelos senadores dos EUA, nomeadamente no que diz respeito ao potencial monopólio do Facebook. Questionado sobre quais os seus concorrentes, o CEO não conseguiu indicar uma única plataforma, segundo reporta o The Verge.

Mas a dimensão e poder do Facebook não foram os únicos temas em foco. O congresso quis saber também se a rede social acede ao microfone dos telemóveis dos utilizadores para definir melhor os targets dos anúncios. Mark Zuckerberg garante que não, mas o assunto passou de um rumor em alguns blogs e fóruns para um tema de relevância pública e política.

Os senadores fizeram também questão de frisar que não entendem exactamente como o Facebook funciona, nomeadamente no que concerne a recolha de dados e soluções publicitárias. O CEO do Facebook foi respondendo a todas as perguntas sobre validade dos dados e privacidade mas não deixou satisfeitos os senadores, que acusam a rede social de ser demasiado complexa.

O depoimento de Mark Zuckerberg resultou ainda na sugestão de que uma versão paga do Facebook não é totalmente impossível. Desta forma, os utilizadores teriam acesso a uma rede social livre de anúncios em troca de uma subscrição paga, tal como acontece com o Spotify, por exemplo.

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