FT avalia com optimismo economia portuguesa

alvaro_santos_pereira_-_economia9746fc72_400x225O Financial Times publica hoje uma análise ao futuro económico do país e aponta sinais positivos em alguns sectores.

Num dossier especial que recorda o ingresso de Portugal na União Europeia, o FT escreve que o país está comprometido com as reformas e que os “objectivos estruturais estão a ser cumpridos”, embora a um “custo enorme”: crise da dívida, medidas de austeridade, “a maior recessão desde há 30 anos” e “desemprego recorde”. O jornal aponta a desistência da linha do TGV que ligaria Lisboa a Madrid.
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<p>Apesar das dificuldades, os portugueses não estão desiludidos com a sua integração no projecto europeu, escreve o jornal, citando José Adelino Maltez: “quem se lembra de como Portugal era pobre antes da adesão não dirá nada de negativo sobre a Europa”.

“Bancos esperam melhoras rápidas” é o título de um terceiro texto, em que o jornal aponta diferenças entre os sistemas bancários português, irlandês e grego. Escreve o FT que, no caso português, foi a crise que trouxe problemas à banca.

O jornal menciona ainda que Portugal está a preparar-se para “a vida depois da dívida” e identifica alguns sinais positivos, como o aumento das exportações em 2011. Refere também o plano de privatizações do governo, “uma das partes mais sensíveis da agenda governamental”, que já permitiu arrecadar “quase 10 mil milhões de euros” e se espera que recolha “mais 7 mil milhões”.

O ministro da economia, Álvaro dos Santos Pereira, aponta que “todas as condições estão garantidas”, num artigo em que o FT diz existir “pela primeira vez” vontade para fazer as reformas estruturais em Portugal.

Portugal é uma “nação dedicada ao mar”, que “está a abrir um novo capítulo”. O sector do turismo é também uma boa aposta da economia portuguesa, com “boas perspectivas apesar do aumento do IVA”. O mercado português é mais vasto “do que parece”, tendo em conta a ligação do país “a antigas colónias”. Sobre a energia, pode ler-se que “as incertezas na regulação mancham as perspectivas do sector”.

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