EUA avança com tarifas e abre guerra comercial

O Governo liderado por Donald Trump decidiu activar as tarifas alfandegárias sobre o aço (25%) e alumínio (10%) para as empresas da União Europeia, México e Canadá. A decisão, que ignora o pedido de isenção permanente de tarifas que tinha sido feito pela União Europeia, está a ser descrita pela media internacional como a abertura de uma autêntica “guerra comercial”.

O Executivo norte-americano justifica a decisão com a necessidade de equilibrar a balança comercial – os EUA importam de outros países mais do que o que exportam -, sendo que o tema do défice comercial tem marcado o mandato de Donald Trump. No caso da tarifa sobre o alumínio vai mais longe e garante que é uma questão de “segurança nacional”. De acordo com Wilbur Ross, secretário do Comércio norte-americano, citado pelo El País, «sem uma economia robusta, não podemos ter uma forte segurança nacional», uma vez que o enfraquecimento da indústria é um risco para a produção e compra de armamento.

Bruxelas já reagiu e anunciou que irá denunciar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC) e estudar novas medidas de retaliação. «É pura e simplesmente proteccionismo. Os EUA não nos deixam outra opção que não seja a de expôr o caso junto da OMC e impôr mais tarifas sobre uma série de importações norte-americanas», afirmou em comunicado Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia.

Recorde-se que, quando Trump lançou a primeira ameaça sobre as tarifas do aço e alumínio, Bruxelas anunciou uma lista de 350 produtos (desde produtos alimentares e bebidas a produtos de beleza) que estariam sujeitos a tarifas adicionais como retaliação. Também o Canadá já anunciou que irá avançar com medidas de retaliação.

Artigos relacionados
Comentários