Economia de baixo carbono precisa de apoio governamental
A mudança para uma economia de baixo carbono é encarada pela maioria dos líderes empresariais mundiais como uma oportunidade de crescimento e inovação nos seus negócios, mas são necessárias acções políticas que suportem este cenário. O estudo “Special Edition: A Call to Climate Action”, elaborado pelo United Nations Global Compact e pela Accenture, revela que 70% dos CEOs de empresas com facturação anual superior a mil milhões de dólares vê as alterações climáticas como uma oportunidade para os próximos cinco anos. Adicionalmente, 67% vê nela, já hoje, uma janela de negócio.
O mesmo estudo indica quais as cinco acções políticas que poderiam facilitar o aumento do investimento privado em soluções para alterações climáticas: incentivos fiscais e legais; instrumentos financeiros para estimular a Investigação & Desenvolvimento (I&D) e inovação em soluções de baixo carbono; standards de desempenho com vista à redução da emissão de gases e efeito de estufa; regras de cálculo globais, transparentes e previsíveis na definição dos preços de carbono; e extinção ou redução faseada dos subsídios para combustíveis fósseis.
A Accenture e o United Nations Global Compact revelam ainda cinco acções dirigidas às empresa: contribuir proactivamente com inputs para que os governos criem políticas climáticas eficazes; colaborar com os seus pares para promover a liderança e inovação em soluções climáticas; investir em tecnologias e soluções de baixo carbono para alcançar eficiência energética, aumentar a oferta de energias renováveis e potenciar a inovação em soluções climáticas; tomar medidas concretas para aumentar a adopção e resiliência de soluções climáticas nas operações e nas comunidades; e definir objectivos com vista à redução de emissões em linha com o limite dos 2ºC.