Disrupção já é uma realidade nas empresas

A nível mundial, 63% das empresas já estão a experienciar altos níveis de disrupção e 44% apresentam fortes sinais de potencial disrupção no futuro. A conclusão é da Accenture, depois de ter analisado 3600 empresas com receitas anuais de pelo menos 100 milhões de dólares (81,4 milhões de euros) em 82 países.

Perante estes resultados, a consultora afirma que a disrupção na indústria já é uma realidade para a maioria das organizações, não se tratando, portanto, de um evento aleatório e fora do controlo dos executivos. A análise conduzida pela Accenture permitiu, ainda, elaborar um Índice da Disrupção, construído com base na presença e penetração de mercado de empresas disruptivas, desempenho financeiros, eficiência operacional, compromisso com a inovação e capacidade de defesa contra ataques.

Dividindo o processo de disrupção em quatro aspectos (durabilidade, vulnerabilidade, volatilidade e viabilidade), a Accenture convida os executivos a perceber em que estado as suas empresas se encontram e, assim, potenciar a aceleração: «Se observarem as mudanças à sua volta de forma clara, melhores serão as suas previsões e a identificação de oportunidades para a criação de valor a partir da inovação para as suas empresas rumo ao novo», afirma Omar Abbosh, Chief Strategy Officer da Accenture.

Na fase da durabilidade, por exemplo, as empresas precisam de reinventar os negócios em vez de os tentar preservar. A vulnerabilidade, por seu turno, indica que as organizações devem transformar os negócios mais produtivos, abrindo as portas para inovações futuras. No que diz respeito à volatilidade, a Accenture garante que a única forma de sobreviver a esta fase passa por mudar radicalmente o negócio base, ao mesmo tempo que se aumenta a presença em novas áreas. Por fim, as empresas que se encontram na etapa da viabilidade devem adoptar um estado de inovação constante, aumentando o número de ofertas junto dos clientes e expandindo para mercados adjacentes e inexplorados.

«Não se trata apenas de sobreviver à disrupção, mas de prosperar quando ela bate à porta das empresas, o que exige transformar e expandir o core business e, simultaneamente, inovar para criar e escalar novos negócios», conta Mike Sutcliff, Group Chief Executive da Accenture Digital. A adopção de tecnologias digitais poderá ser crucial neste processo, uma vez que podem ajudar as empresas a serem mais resilientes em momentos de disrupção, «seja impulsionando melhores resultados de produtos existentes, desenvolvendo serviços digitais totalmente novos, diminuindo custos ou aumentando as barreiras de entrada».

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