Consumidores online preferem comprar em sites estrangeiros

Em 2025, 90% da população portuguesa utilizará a Internet, mais 20% do que no ano passado e mais 40% do que em 2010. A previsão é do estudo anual da Economia e da Sociedade Digital em Portugal da ACEPI que antecipa ainda a adesão às compras online: em 2025 será de 60%, face aos 30% do ano passado e aos 15% de 2010.

Em termos monetários, o volume total de compras online efectuadas pelos portugueses deverá ascender aos 9 milhões de euros. No ano passado, não foi além dos 3,8 milhões de euros, cerca de mais 1,8 milhões do que cinco anos antes.

O mesmo estudo revela ainda que 45% das compras online realizadas por portugueses acontecem em sites estrangeiros e que 50% dos portugueses já comprou em sites chineses, sendo que um dos mais utilizados é o AliExpress. O eBay é o site internacional mais utilizado, seguido pela Amazon e Booking.

Quanto aos produtos e serviços mais comprados, o primeiro lugar é ocupado por alojamento, seguido de bilhetes de transportes, vestuário e acessórios de moda, bilhetes de espectáculos, livros, equipamentos móveis e acessórios, artigos para o lar e equipamento informático. As aplicações internacionais mais utilizadas são Netflix, Uber e Airbnb.

Multibanco é o método de pagamento privilegiado, à frente de transferência bancária e cartão de crédito. Os portugueses também utilizam PayPal, MBNet e MBWay.

Empresas & Estado

O estudo da ACEPI indica ainda que o volume total de compras online efectuado por empresas e pelo Estado será de 132,7 milhões de euros em 2025. No ano passado, foi de 58,5 milhões de euros e, em 2010, foi de 30,7 milhões de euros.

Relativamente à presença das empresas na Internet, destaque para as grandes empresas (97%), seguidas pelas médias empresas (56%) e pelas micro empresas (30%). No total, apenas 38% das empresas tem presença online, sendo que privilegiam os sites e as rede sociais, em detrimento da venda online em sites de terceiros e da presença em directórios de empresas.

Segundo o mesmo estudo, em quatro anos, mais do que triplicou o volume de negócios online proveniente de consumidores a residir fora de Portugal, com destaque para os serviços ligados ao Turismo: «É, no entanto, um volume muito inferior ao que os portugueses compram fora.»

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