CEO da Danone fala sobre dificuldades e futuro

CEO da Danone desde Outubro de 2014, Emmanuel Faber é apenas o terceiro director-executivo da empresa francesa. Até 2020, o plano traçado pelo profissional passa por apresentar um crescimento forte, lucrativo e sustentável, mas já teve de reduzir as metas para este ano: a queda em Espanha e problemas relacionados com o rebranding da marca Activia na Europa justificam a revisão em baixa.

Em entrevista ao The Wall Street Journal, Emmanuel Faber fala sobre as mudanças necessárias na indústria alimentar e os desafios que a Danone enfrenta. O CEO acredita que o modelo actual está a chegar ao seu limite e que já não é sustentável, nomeadamente no que respeita ao sistema agrícola.

Há que ter em atenção também o mercado orgânico, cujas vendas duplicaram nos últimos anos, de acordo com a mesma publicação. Emmanuel Faber refere que este tipo de consumo está a chegar através das crianças, graças aos pais que procuram uma alimentação mais saudável para a prole.

Sobre as dificuldades encontradas no mercado chinês, Emmanuel Faber considera que existe, agora, um equilíbrio maior entre o capital externo e interno, sendo que o primeiro já não é tão bem-vindo. Curiosamente, o CEO da Danone optar por utilizar um tipo de veículo automóvel para exemplificar a sua visão: «Acho interessante que se comece a ver uma procura significativa por marcas chinesas. No terceiro trimestre deste ano, as vendas de SUVs de marcas chinesas na China foram maiores do que as vendas de todos os fabricantes que os importam.»

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