Brexit sem acordo pode fazer insolvências subir 14%

Caso o Reino Unido não chegue a acordo com a União Europeia relativamente ao estabelecimento de parcerias comerciais para após a saída da comunidade, o crescimento das insolvências no país poderá ser 14% mais elevado do que num cenário de transição suave. A conclusão é da Crédito y Caución, segundo a qual um Brexit não negociado terá um impacto económico “significativo para o Reino Unido e num grau muito mais moderado para a União Europeia”.

Verificando-se a hipótese do agravamento de 14% das insolvências, cerca de 2300 empresas seriam afectadas, sendo que o sector da manufactura seria particularmente atingido. Também os sectores altamente regulados, como é o caso da Alimentação & Bebidas e dos Produtos Químicos, deverão sofrer com as barreiras não tarifárias.

“O aumento das tarifas sobre as exportações de bens e serviços pesaria sobre os lucros das empresas, enquanto o aumento das tarifas sobre produtos importados aumentaria a inflação no mercado doméstico. Uma libra mais fraca alimentaria mais a inflação e não seria suficiente para compensar os custos comerciais mais altos. A inflação mais alta também restringiria os gastos dos consumidores numa época em que o desemprego começaria a subir levemente, o que provavelmente levaria a mais insolvências nos sectores do comércio a retalho e da hotelaria”, indica o mesmo relatório da Crédito y Caución.

Em Portugal e Espanha, antecipam-se consequências mais leves, ainda que o sector do Turismo possa ser afectado.

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