Administradores confiam nas empresas mas temem crises

«A maioria das empresas irá enfrentar uma crise a certa altura do seu percurso. É uma questão de “quando” e não “se”.» A garantia é de Nuno Belo, partner de consultoria da Deloitte, que acredita ainda que os membros de conselhos de administração se devem articular com as equipas de gestão para «garantir que existe um entendimento comum dos riscos que a organização apresenta».

A conclusão chega depois de a Forbes Insights ter inquirido mais de 300 administradores a nível global, num estudo promovido pela Deloitte, e de 76% ter dito confiar na capacidade das suas organizações em lidar com situações de crise, mas não sentir que os administradores e as suas empresas estejam completamente preparados para esses momentos. O mesmo estudo revela que 49% considera que a sua empresa não tem os recursos e processos necessários para lidar com uma crise da melhor forma e que apenas 32% confirma realizarem-se simulações de crise ou acções de formação sobre o tema. Ainda no assunto da preparação, somente metade dos inquiridos afirma que os administradores e a equipa de gestão conversam regularmente sobre a prevenção de crise.

Quantos às áreas de crise que mais preocupam os executivos, destaque para a reputação corporativa (73%), seguida pelo cibercrime (70%). Caso uma crise de facto aconteça, e vai acontecer segundo Nuno Belo, 30% dos inquiridos que já passaram por esta situação declaram que a reputação foi recuperada em menos de um ano. Cerca de 60% diz exigir quatro anos.

«É evidente que a preparação e a resistência à crise tem de ser um assunto mais predominante nas agendas das reuniões de administração. Embora a abordagem possa variar de empresa para empresa, administradores e gestores não devem subestimar o desafio que é preparar uma organização para uma crise», conclui o parter de consultoria da Deloitte.

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