Evolução digital obriga empresas a reestruturações
Cerca de 45% das empresas está a meio de um processo de reestruturação ou a planear uma mudança do género. Na origem desta necessidade está a evolução tecnológica e as mudanças a nível de inovação que estão a obrigar os negócios a adaptarem-se a uma nova realidade. O estudo “Global Human Capital Trends 2016” da Deloitte indica que este é o primeiro ano em que tal acontece. Nas três primeiras edições do estudo, a lista de prioridades era encabeçada por questões como aumento do nível de compromisso e retenção de recurso, melhoria da liderança e criação de uma cultura relevante.
Josh Bersin, director da Bersin by Deloitte, sublinha que «os negócios precisam de acompanhar o ritmo e responder às necessidades deste ecossistema empresarial em rápida evolução». Em comunicado, o responsável acrescenta: «Dando autonomia às equipas, criando um novo modelo de gestão e desenvolvendo uma estrutura de liderança mais jovem e mais inclusiva, as empresas estão a reinventar-se para inovarem, competirem e prosperarem no mercado.»
Realizado junto de sete mil líderes empresariais e de Recursos Humanos em 130 países, o estudo revela que 92% dos inquiridos critica a necessidade de redesenharem a sua organização para melhor responderem às novas necessidades empresariais a nível global. Mais: apenas 14% acredita que a sua empresa está devidamente preparada para reestruturar de forma eficiente a sua organização.
Quanto às tendências verificadas nesta onda de reestruturações, a Deloitte realça a mudança de modelo hierárquico e funcional para uma rede de equipas interfuncionais. O objectivo, explica a consultora, é tornar as empresas mais ágeis, colaborativas e orientadas para o cliente, embora apenas 12% dos inquiridos entenda, de facto, a forma como os seus funcionários trabalham em conjunto.
Outra tendência encontrada dá pelo nome de Design Thinking. Trata-se de uma nova disciplina que está a transformar a forma como as empresas abordam a gestão, suporte e formação dos seus trabalhadores, moldando estes aspectos à luz dos comportamentos de cada um. Neste caso, a intenção é reduzir os níveis de stress e promover o aumento da produtividade, sendo que 79% dos executivos inquiridos classificou o Design Thinking como uma prioridade para este ano.