Nascimento de empresas sobe 9%
Entre Janeiro e Agosto deste ano, o número de novas empresas aumentou 9%, face ao período homólogo do ano anterior, ao passo que as insolvências caíram 6% e os encerramentos registaram uma subida de 4,8%. Os dados do Barómetro Informa D&B apontam para o nascimento de 2,5 empresas e outras organizações por cada uma que encerrou durante este período.
Segundo Teresa Cardoso de Menezes, directora-geral da Informa D&B, «os números de nascimentos, encerramentos e insolvências de 2015 mostram alguma recuperação já iniciada nos últimos dois anos do Programa de Assistência Económica e Financeira, o que é um sinal positivo e poderá indiciar alguma adaptação e renovação do tecido empresarial nacional». Caso a tendência se mantenha, a previsão é de que, até ao final do ano, o número de encerramentos esteja na ordem dos 15,5 mil, valor abaixo do apresentado anualmente entre 2007 e 2014, quando o fecho de empresas era de cerca de 16 mil.
Ao todo, durante o período analisado, foram constituídas 26.426 entidades, com destaque para empresas ou organizações no sector das Telecomunicações, cujos nascimentos aumentaram 24,9% face aos mesmos meses de 2014. No entanto, foi o sector dos Serviços que apresentou mais aberturas com a constituição de 8378 empresas ou organizações. Lisboa lidera o número de nascimentos, seguida do Porto e Braga.
Quanto aos encerramentos, 8806 entidades fecharam portas entre Janeiro e Agosto de 2015, sendo que o sector onde o cenário mais se verificou foi no dos Serviços, seguido pela Retalho e pela Construção. À semelhança do que acontece com os nascimentos, Lisboa e Porto vão à frente no número de encerramentos. Braga mantém também o terceiro lugar nesta lista. A maioria das empresas que fechou tinha entre 6 e 19 anos de vida.
As insolvências têm vindo a descer desde 2013, de acordo com o Barómetro Informa D&B que apenas considera os processos de insolvência de pessoas colectivas, deixando de fora os empresários em nome individual, os profissionais liberais e os particulares. No período em questão, registaram-se 2934 insolvências com o sector do Retalho a liderar. Os distritos com maior número de casos continuam a ser Lisboa, Porto e Braga e as empresas e outras organizações adultas, ou seja entre os 6 e 19 anos de actividade, são, a par dos encerramentos, as que registam mais insolvências.