Lisboa é das cidades mais baratas para expatriados
Lisboa desceu 51 posições no ranking das cidades mais caras do mundo para expatriados tornando-se, por isso, numa das cidades mais baratas e numa das opções mais viáveis para as empresas enviarem os seus colaboradores em trabalho.
De acordo com 21º estudo global sobre o Custo de Vida de 2015 elaborado pela Mercer, a capital portuguesa passou do 94º lugar em 2014 para o 145º lugar em 2015. Para isso terá contribuído a instabilidade do mercado imobiliário, a depreciação do euro face às outras moedas globais e ainda uma inflação historicamente baixa, como explica Tiago Borges, responsável de estudos de mercado na Mercer Ibérica, em comunicado.
Tendo como referência Nova Iorque e o dólar americano, o ranking coloca no primeiro lugar das cidades mais caras para expatriados Luanda, a capital de Angola. A título de exemplo, uma refeição de fast food em Lisboa custa em média cinco euros enquanto em Luanda pode chegar aos 15 euros. O mesmo se verifica no arrendamento de um apartamento t2 que em Lisboa pode custar 1450 euros e em Luanda 5792,50 euros.
Depois de analisadas 207 cidades dos cinco continentes e comparados factores como transportes, habitação, comida, roupa e entretenimento, o 21º estudo global sobre o Custo de Vida de 2015 da Mercer conclui o top5 com Hong Kong como a segunda cidade mais cara do mundo para expatriados, Zurique em terceiro lugar a nível mundial e em primeiro na Europa, Singapura em quarto lugar e Genebra como a quinta cidade mais cara para profissionais a exercer fora do país.
Já o top 10 continua com Xangai em sexto lugar, seguida por Pequim e Seul, Berna na nona posição e N’Djamena a fechar a lista das dez cidades mais caras em 2015. Já as cidades menos caras para expatriados são Bisqueque, no Quirguistão, que conseguiu ficar em 207º lugar, Windhoek, capital da Namíbia, em 206º lugar, e Carachi, no Paquistão, em 205º lugar.
Diogo Alarcão, partner da Mercer, explica a necessidade de estudos com estes com uma realidade empresarial cada vez mais virada para programas de mobilidade. «À medida que a economia global se torna cada vez mais interligada, 75% das organizações multinacionais esperam que os processos de expatriação cresçam nos próximos dois anos para atender às necessidades de negócio», conta em comunicado.