Portugal: insolvências caem e constituições aumentam
Em Novembro, o total de insolvências em Portugal recuou 22% em relação ao mesmo mês de 2017, fixando-se nos 511. As declarações de insolvência requeridas diminuem 3,6% enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas baixam 8,5%.
Os dados são da Iberinform, segundo a qual os encerramentos com plano de insolvência diminuem 34,6% e as declarações de insolvência apresentam uma redução de 4,2%.
Quanto aos distritos com mais insolvências, Lisboa e Porto surgem em destaque, ainda que se registe uma diminuição de 7,4% em Lisboa e um aumento de 8% no Porto. Juntos, estes dois distritos representam cerca de metade do total nacional.
Por sectores, Indústria Extractiva (58,3%), Comércio por Grosso (6,8%) e Agricultura, Caça e Pesca (1,3%) são os que apresentam mais insolvências. As maiores quebras, por outro lado, registam-se nas Telecomunicações (-44,4%), Comércio a Retalho (-18,2%), Hotelaria e Restauração (-13,5%), Construção e Obras Públicas (-8,1%), Transportes (-7,6%) e Comércio de Veículos (-4,1%).
As constituições, por seu turno, saltaram 8,9%, passando de 3351 empresas em Novembro de 2017 para 3649 este ano. Lisboa é o distrito com mais empresas novas, apresentando uma subida de 14,7% face a 2017. Logo depois surge o Porto (12,5%), à frente de Setúbal (20,5%). As descidas mais significativas registam-se nos distritos da Horta (-18,8%), Bragança (-15,1%), Portalegre (-12,8%) e Beja (-6,4%). No entanto, estes distritos perfazem apenas 2,6% do total das constituições a nível nacional, como sublinha a Iberinform.
Os sectores com subidas mais acentuadas são Transportes (62,7%), Indústria Extractiva (35%), Construções e Obras Públicas (19,2%), Comércio de veículos (13,2%) e Outros Serviços (13,1%). No extremo oposto, encontram-se Agricultura, Caça e Pesca (-19,8%), Telecomunicações (-2%) e Comércio a Retalho (-0,1%).
No acumulado do ano, registam-se 5461 insolvências, menos 5,6% do que no período homólogo de 2017. Em termos de constituições, verifica-se um aumento de 10,3%, num total de 41.645 novas empresas em Portugal.