O que dizem quatro banqueiros sobre o Brexit
O relançamento da estratégia do Brexit por Theresa May serviu de mote para a CNBC questionar quatro banqueiros mundiais sobre os planos para as suas instituições financeiras caso a estratégia da primeira-ministra do Reino Unido falhe.
À margem da Cimeira de Singapura, John McFarlane, chairman do Barclays, referiu que o banco «está a preparar-se para o pior, mas espera o melhor», uma afirmação partilhada por John Cryan, CEO do Deutsche Bank: «Quanto mais clareza tivermos mais cedo, melhor. É óbvio. Mas acho que, apenas numa base de planeamento de contingências, é certo pensar o pior», referiu.
Quanto ao número de postos de trabalho que poderão sair de Londres, John Cryan refere que ainda não sabe, «mas não será um grande número».
Já Nobuyuki Hirano, chairman do Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ e CEO da casa-mãe Mitsubishi UFJ Financial Group, revelou à CNBC que «claramente existia a deslocalização de talento, principalmente de comerciais».
Quanto às cidades europeias que poderiam suceder a Londres enquanto centros financeiros, John Cryan aposta em Frankfurt, mas Jean Lemierre, chairman do BNP Paribas, referiu que há potencial para se espalhar para várias cidades. «Irá para Frankfurt, para Amesterdão, para Dublin e, claro, para Paris. E Paris está bem posicionado», acrescentou.