Europa e Ásia potenciam investimento em Fintech

O investimento global em ventures de tecnologia na área financeira, apelidadas de fintech, cresceu 67% no primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo de 2015, alcançando os 5,3 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros). A Europa e a Ásia foram os principais investidores, segundo um estudo realizado pela Accenture, sendo que em ambos os continentes o investimento neste campo duplicou para 62%.

Tendo em conta o ano de 2015, o investimento global de fintech cresceu 75% para 22,3 mil milhões de dólares (19,5 mil milhões de euros), relativamente a 2014. Na Ásia, o investimento mais do que quadruplicou para 4,3 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros), com destaque para a China e Índia.

Já na Europa, o investimento subiu 120%  no ano passado, com a Alemanha a colocar-se no primeiro lugar da corrida: o investimento em fintech ventures por parte deste país aumentou 843% de 2014 para 2015.

Richard Lumb, responsável mundial de Financial Services da Accenture, acredita que a «a chamada “Quarta Revolução Industrial” é um fenómeno global que além de inovação traz novos players digitais que concorrem e colaboram com serviços financeiros tradicionais. Os clientes dos bancos são quem ganha neste novo contexto».

Mas terão mais sucesso as empresas que concorrem ou que colaboram? O relatório da consultora revela que as chamadas “collaborative fintech ventures” estão a ganhar terreno aos “disruptive players”. As primeiras dizem respeito a empresas que têm como principal target as instituições financeiras, ao passo que as segundas entram no mercado para competir contra essas instituições.

Em termos de investimento a nível global, as fintech colaborativas subiram de um peso de 38% do valor total de investimento em fintech em 2010 para 44% no ano passado. O restante investimento ainda é realizado em concorrentes, mas é já visível uma nova tendência, embora não na Europa. É que, no velho continente, o investimento em fintech disruptivas cresceu de 62% de todo o investimento na área para 86%, tendo em conta o mesmo período de tempo.

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