Uma questão de prioridades

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Ricardo Florêncio

Director da revista Executive Digest

Editorial publicado na edição de Janeiro de 2014 da revista Executive Digest

O ano de 2014, seja de que forma for, tem de ser encarado como um ano de esperança e com uma boa carga de optimismo.

Se por um lado é a única maneira de podermos agigantar-nos e lutarmos contra as adversidades, também não deixa de ser verdade que já temos uma série de indicadores com resultados positivos.

Contudo, também não nos deixemos iludir, como é muito típico dos portugueses. Muito há ainda por fazer.

Por um lado, há que continuar as reformas que já deram os seus primeiros passos. Isso será sempre uma premissa para os próximos anos. Têm de ser estruturais, definitivas, encaradas de forma séria. E oxalá não tenhamos que estar sempre a repetir este discurso.

Por outro lado, há que dar espaço à economia, às empresas, para que estas cumpram os seus desígnios. Que criem empregos, riqueza.

Se o lado da exportação é o que faz equilibrar a nossa balança comercial, e o que faz crescer uma série de sectores de actividade, não deixa de ser também verdade que o crescimento de uma economia está muito dependente do consumo interno e da forma como este se comporta. E, assim, a economia tem de apontar nos dois sentidos se desejamos efectivamente sair da crise.

Deixemo-nos de guerras de trincheiras e de guerrilhas, e passemos a dedicar o nosso tempo e a nossa atenção ao que é prioritário e mesmo importante. Os empresários, gestores e trabalhadores já estão mais virados para este sentido. Oxalá possamos rapidamente dizer o mesmo de todos os nossos políticos.

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