Quo Vadis Sistema Financeiro!

Por Ricardo Florêncio, Director da Executive Digest

Nos últimos tempos temos vivido um turbilhão no sistema financeiro e bancário em Portugal. Foi a questão do “BES”, o nascimento do “Novo Banco”, e todas as questões que hoje, passados 18 meses, ainda se levantam e vivem sobre esta situação, e que parecem não ter fim, pois a cada decisão que se toma, logo inúmeras críticas e problemas aparecem.

Foram levantadas diversas dúvidas sobre a larga maioria dos bancos que operam em Portugal e que, apesar de passarem os diversos testes de “stress”, não deixam de estar debaixo de fogo. Muito se falou sobre o “Montepio” e as possíveis situações irregulares que, apesar de nada haver em concreto, de vez em quando, lá voltam a ser tema. E agora o “Banif ”. É mais uma marca, mais um banco que desaparece, levantando consigo uma série de questões, de problemas de diversa índole, desde financeiros a sociais, de possíveis processos jurídicos, etc, etc, etc…

Não há economia, não há empresas, não há País que aguente um sistema financeiro, um sistema bancário, que esteja constantemente a ser colocado em causa, em constante rebuliço. Os bancos são um alicerce fundamental no correcto funcionamento do mercado, das empresas, do País.

Além do mais, surge a questão do investimento estrangeiro. Este é essencial, para uma economia relativamente frágil como a nossa, em que grande parte das empresas está descapitalizada. Sem investimento estrangeiro não há desenvolvimento. Mas também é verdade que haverá decerto muitas reticências, e desistências, por parte destes investidores, enquanto não virem uma economia mais sólida, mais segura, minimamente previsível.

Editorial publicado na edição de Janeiro de 2016 da revista Executive Digest

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