Eleições e decisões

paulo-carmona_edit_edVamos todos ser chamados a escolher o próximo CEO da maior empresa portuguesa, o Estado. As opções são muitas e a sensatez do voto vai determinar muito do nosso futuro a prazo e no imediato. Tirando as emoções clubistas do meu partido ser melhor que o teu, o racionalismo imporá que as escolhas se façam segundo o seguinte critério:

Avalia ção do CEO cesa nte (análise em presaria l)

a) O CEO cumpriu os planos e objectivos a que se propôs em 2005?

b) A empresa, Portugal, está melhor ou pior que antes da tomada de posse deste CEO, nomeadamente nas suas funções primárias (social, educação,justiça e segurança)?

c) E em termos relativos, face ao benchmark do sector (países da EU), melhorámos ou piorámos?

d) E os rácios económico-financeiros, absolutos e relativos, asseguram a sustentabilidade futura?

Que mo delo do Estado para Por tugal? (análise macro)

 a) Mais iniciativa discricionária do Estado ou mais liberdade e iniciativa individual?

b) Mais caudilhismo com eficácia ou mais democracia europeia com liberdade?

c) Mais obras públicas ou um Estado melhor pagador?

d) Um Estado tudo para toda a gente ou especializar-se na melhoria real dosseus objectivos primários (função social, educação, justiça e segurança)?

e) Mais eficácia nos objectivos ou maior eficiência, combatendo os enormes desperdícios?

Qua l o me lhor Pro grama e Candidato a CEO para 2009-2013?

a) Qual o Programa de Governo mais exequível e aquele que demonstra a origem dos fundos para as suas promessas, numa altura em que será necessário reduzir despesa ou aumentar impostos?

b) Qual o candidato com mais carácter e honestidade, energia e vitalidade, experiência e estudo dos dossiers e liderança e comunicação capaz de nos dar garantias de boa gestão da Causa Pública?

c) Qual o Programa e Candidato que mais se aproximam do nosso modelo do Estado para Portugal?

d) Qual o candidato com mais experiência na economia real, na resolução de problemas concretos de gestão, longe da sombra protectora do Estado?

e)Qual nos poderá garantir mais meritocracia e menos partidocracia?

Muitas outras questões igualmente importantes se poderiam pôr com maior ou menor carácter de subjectividade de acordo com os valores individuais. No entanto este exercício poderá abrir portas para que análises mais aprofundadas se façam na hora de escolher o nosso CEO.

Escolhamos bem!

PS: Genial o artigo de Pacheco Pereira no “Público” de 30 de Agosto sob o título “A relassa fraqueza” sobre o bonacheirismo e impunidade que faz as alegrias e tristezas de serportuguês, glosando as “cartas de Fradique Mendes”.

Por Paulo Carmona, Director da Executive Digest

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