“A Confiança tem de ser conquistada!”

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Ricardo Florêncio

Director da revista Executive Digest

Editorial publicado na edição de Junho de 2014 da revista Executive Digest

No passado dia 25 de Maio decorreram as eleições Europeias em Portugal. Porventura muitos não se terão apercebido de tal, mas era mesmo um escrutínio para eleger os deputados que irão representar Portugal no Parlamento Europeu.

E daí serem eleições importantes, pois actualmente há muitas matérias que anteriormente eram decididas em Portugal, no nosso parlamento, e que agora são discutidas, aprovadas e, talvez, chumbadas em Estrasburgo.

Porém dos 9.700.000 eleitores, apenas 3.280.000 foram votar, e assim e logo à partida, 2/3 dos portugueses viraram as costas às eleições. E dos 3.280.000 que foram votar, 250.000 votaram branco ou nulo, ou seja, participam nas eleições, mas não se revêm em nenhuma força política apresentada. E assim, a nossa representação no Parlamento Europeus, foi escolhida, por 25% da população. É muito pouco, mesmo muito pouco.

Espero que os políticos, os partidos políticos, e os demais responsáveis pela governação em Portugal, entendam claramente a mensagem, que mais uma vez, lhes foi dada pelos cidadãos e contribuintes. E que como corolário disso, façam efectivamente alguma coisa para voltar a merecer a atenção, e a confiança das pessoas. Não apenas comentários ocos, palavras e mensagens vãs, mas sim, alguma coisa de concreto.

Este afastamento, esta clivagem, este clima de desconfiança para com os partidos e organismos e instituições governamentais, não tem nada de positivo, nem auspicia nada de proveitoso num futuro próximo.

O País, o mercado, as empresas, as pessoas, necessitam de um mínimo de estabilidade para funcionar corretamente. E essa estabilidade pressupõe, um clima de confiança e entendimento entre os governantes, as estruturas governamentais, e os restantes intervenientes, desde as empresas, os mercados, as pessoas.

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