O poder das redes sociais
Não é futurologia afirmar que as redes sociais transformam, e irão transformar, a forma como nos relacionamos pessoal e profissionalmente. É inevitável que todos os elementos da empresa se dediquem a reflectir sobre qual o impacto dessas redes sobre as actividades correntes e a estratégia da empresa.
A criação de grupos de fãs dos produtos da empresa, a possibilidade de recrutamento ou networking, os testes de mercado, a publicidade a eventos e dentro do Second Life, etc são instrumentos já ao dispor da empresa.
Mas também os comentários sobre aspectos mais ou menos relevantes sobre a sua actividade, tudo poderá e será escrutinado pela Web. Sem dúvida um desafio para os agentes de comunicação da empresa.
No caso do livro que faz capa desta edição a grande inovação apresentada é o crowdsourcing, i.e. a possibilidade de convidar o mercado/consumidores, numa relação directa, a definir qual seria o produto desejado por essa multidão. Aos produtos de informação e software em open-source, como o Linux ou a Wikipedia, juntam-se os produtos de grande consumo desenhados e concebidos da mesma forma.
Os conceitos de comunicação, interacção entre agentes e o de comunidade estão a sofrer uma reforma tecnológica. A transparência e escrutínio de situações aumentarão para uma forma mais participativa e densa. Quais serão as consequências para a nossa vida pessoal, empresarial, social e politica?
Quando a porosidade da empresa face ao mercado e aos seus stakeholders aumenta, só um perfeito iluminado ou alienado ousará profetizar o que quer que seja. E isto é válido desde o nível pessoal ao horizonte do Estado.
Se os blogues já descontrolaram a informação veremos para onde nos levam agora as redes sociais.
Depois da doença das vacas loucas, da gripe aviária, da gripe A, qualquer uma mais catastrófica para a população mundial que a outra, quando vier a gripe dos cães ninguém irá acreditar.
E a nossa Ministra da Gripe irá agora falar de quê?
Por Paulo Carmona