Mundo precisará de 600 milhões de empregos

Nos próximos 15 anos, vão ser precisos 600 milhões de postos de trabalho para absorver a população em idade activa, estima o Banco Mundial.

Cerca de 200 milhões de pessoas estão em situação de desemprego e, destas, 75 milhões têm menos de 25 anos. São factos apontados pelo presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, no prefácio ao Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2013, publicado pela instituição.

Entre os problemas laborais está também a exclusão de milhões de pessoas da força laboral, “mulheres na maioria”. Enquanto em regiões como a Ásia e a África Subsariana é necessário criar emprego, nos países em desenvolvimento o problema coloca-se ao nível da qualidade do emprego – muitos não permitem ter condições de vida dignas.

Salários fixos, falta de meios de protecção social e longas horas de trabalho afectam “quase metade de todos os trabalhadores dos países em vias de desenvolvimento”, refere o documento.

Os empregos que mais contribuem para o desenvolvimento dos países são os que estão associados a movimentos de urbanização, os que ligam economias locais a mercados globais, os que protegem o meio ambiente, os que promovem confiança cívica e os que atenuam a pobreza.

O sector privado é o principal responsável pela geração de trabalho, “criando 90% de todos os empregos dos países em vias de desenvolvimento”, acrescenta o presidente do Banco Mundial. Mas o Estado tem o dever de assegurar condições para o crescimento e expansão das empresas privadas, como a estabilidade macroeconómica, o primado da lei e o investido na formação de recursos humanos, “diminuindo as dificuldades à criação de bons empregos”.