10 pioneiros do personal branding

Por David Lidsky, colaborador da Fast Company

1 – Hector Boiardi (1929). Hector Boiardi, um chef de Cleveland, vendeu vá- rios  kits de refeições dos seus pratos para satisfazer a procura dos clientes. Durante a Segunda Guerra Mundial, Hector colocou as suas refeições de massa em latas para os soldados, popularizando a comida italiana.

IMPACTO: A face de Boiardi encontra-se no logótipo da Chef Boyardee, tornando-o padrinho de chefs famosos como Wolfgang Puck e Rachael Ray;

2 – Andy Warhol (1962). O pintor fez com que a Campbell’s Soup se elevasse ao patamar de peça de arte e transformou celebridades em marcas com retratos de Marilyn Monroe, Elvis Presley e outros.

IMPACTO: A observação de Andy Warhol, em 1968, de que «no futuro, todos terão os seus 15 minutos de fama» tornou-se o grito de guerra para influenciadores de redes sociais e estrelas de programas de reality TV;

3 – Muhammad Ali (1966). O sincero campeão de boxe na categoria de pesos-pesados objectou conscientemente a ser cha- mado para lutar na guerra do Vietname – com um grande custo pessoal.

IMPACTO: Muhammad Ali ajudou a tornar ainda mais público o sentimento contra a guerra. Os principais atletas de hoje, de LeBron James a Colin Kaepernick, arriscam a sua imagem ao falarem contra a injustiça racial;

4 – Betty Ford (1974). Pouco depois de se ter tornado primeira-dama, Betty Ford foi diagnosticada com cancro de mama, sendo submetida a uma mastectomia. E teve a coragem de contar a sua história, acabando com o estigma à volta da doença e do tratamento.

IMPACTO: A sinceridade de Betty Ford ajudou a salvar a vida de inúmeras mulheres. Mais tarde faria o mesmo pelo alcoolismo, após admitir ter esse vício;

5 – Martha Stewart (1980). A corretora de bolsa que se tornou fornecedora de serviços de catering publicou o seu primeiro livro de culinária, e o seu sucesso levou a dezenas de livros, uma revista, programas televisivos e pro- dutos para o lar que ainda rendem centenas de milhões de euros em receitas.

IMPACTO: A adopção do multimédia por parte de Martha Stewart abriu caminho para outras peritas em lifestyle, como Gwyneth Paltrow e Brit Morin;

6 – Rochard Branson (1985). Richard Branson, proprietário de uma companhia discográfica, começou por tentar a primeira travessia náutica do Oceano Atlântico. Seria apenas a primeira de muitas outras proezas que o vieram a tornar famoso.

IMPACTO: O seu estilo aventureiro foi um bom marketing para a sua marca Virgin. Jeff Bezos e Elon Musk imitam o guia de Richard Branson, incluindo a ideia de tentar a exploração espacial;

7 – Oprah Winfrey (1986). A mistura de carisma e vulnerabilidade de Oprah Winfrey como apresentadora de programas de televisão nacionais inspirou os espectadores a com- prarem tudo o que recomenda.

IMPACTO: Os assessores de Oprah Winfrey – incluindo o Dr. Phil e o Dr. Oz – tornaram-se eles pró- prios personal brands por direito próprio. Os seus maiores fãs esperam que ela use o seu púlpito para se candidatar à presidência em 2020;

8 – Tom Peters (1997). O autor de vários livros e consultor de negócios explicou – à Fast Company – que os colaboradores das empresas precisam de se ver a si próprios enquanto marcas, «criando o seu próprio micro-equivalente ao “swoosh” da Nike».

IMPACTO: Basta passar uns minutos entre os líderes no LinkedIn para perceber de que forma é que os co- laboradores de colarinho branco abraçaram a vi- são de Tom Peters;

9 – Beyoncé (2013). A super-estrela da pop aproveitou o poder que obteve com a sua carreira para quebrar o modelo antigo dos lançamentos de álbuns, lançando o “Beyoncé” no iTunes à meia-noite com apenas uma mensagem no Instagram a publicitá-lo.

IMPACTO: Beyoncé registou um recorde de vendas e definiu um novo padrão para a forma como as estrelas lançam novos trabalhos, inspirando Drake e Taylor Swift a fazerem o mesmo;

10 – Kylie Jenner (2018). Em Fevereiro, a estrela do programa de reality TV e empreendedora na área de cosmética colocou um tweet a dizer que já não abria o Snapchat, acrescentando «isto é tão triste».

IMPACTO: O tweet deu origem a preocupações sobre o Snap, e as suas acções perderam 1,1 mil milhões de euros em valor, reforçando a noção de que as personal brands podem ser ainda mais poderosas do que as plataformas que as criaram.

Este artigo foi publicado na edição de Agosto de 2018 da Executive Digest.

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