They do it right!
, CEO da WeDo Technologies
é peremptório: sem vendermos mais
do que compramos, não vamos lá!
Rui Paiva, CEO da WeDo Technologies, é um apreciador
de artes – gosta de ler, gosta de música e de ópera , mas
é no mundo dos números e das tecnologias da informação
que tem feito carreira. Licenciado em Matemáticas
Aplicadas pela Universidade Nova de Lisboa, passou pela
PT, Telecel/Vodafone e Hewlett Packard até chegar ao
“universo” Sonae em 1998, formando a WeDo Technologies
, onde é CEO desde 2001. Apaixonado pelo ténis e
pela velocidade dos karts, exerce ainda os cargos de CEO
da Bizdirect e de administrador da Mainroad, ambas da
Sonaecom. Uma conversa sobre o país, os portugueses e os negócios.
A WeDo Technologies é uma empresa global, espalhada pelo mundo. Como é que
um homem como o Rui Paiva, habituado a lidar com realidades empresariais
múltiplas e diferentes, avalia o futuro de Portugal?
Bom, actualmente este é um tema com muitos especialistas a emitirem opinião,
especialmente sobre o Orçamento de Estado.
Antes de ir ao futuro, convém ir um bocadinho ao passado. E o passado diznos
que durante anos fomos criando empregos fictícios, que o Estado não quis
deixar de ser empregador, que não soubemos vender o nosso país, os nossos
produtos. E agora, que as nossas fontes secaram é preciso agir com dureza, com
vontade de querer mudar. Veja-se o caso inglês…
Quando diz que as nossas fontes secaram está a referir-se a quê?
As nossas fontes (de rendimentos) são todas longínquas! A primeira terá sido
nos descobrimentos, com todos os novos negócios que a actividade trouxe,
incluindo alguns nada aceites à luz das sociedades actuais;
a segunda fonte foi quando os portugueses descobriram
verdadeiramente o ouro no Brasil; e a última de todas foi
através das ex-colónias.
Como tudo isto parou, nós, que continuámos a consumir
alegremente, deixámos de ter qualquer tipo de
suporte.