Schäuble diz que reformas em Portugal funcionaram


Schäuble diz que reformas em Portugal funcionaramWolfgang Schauble, ministro das Finanças alemão, fez hoje um balanço positivo da luta contra a crise das dívidas soberanas, sublinhando que os programas de ajustamento financeiro e reformas estruturais de Portugal e da Irlanda funcionaram.

Também a Itália e a Espanha”fizeram progressos na redução dos défices e para se tornarem mais competitivos”, disse o político democrata-cristão, num debate parlamentar sobre o futuro do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e sobre o Tratado Orçamental, destinado a promover uma maior disciplina financeira nos países da moeda única.

Após a reestruturação da dívida pública, a Grécia  “também tem hipóteses de tornar as finanças sustentáveis, nos próximos anos”, acrescentou Schäuble.

O ministro alertou dizendo que “não há alternativa ao combate à crise” nos países do euro economicamente mais frágeis.

“Mas estamos no bom caminho e vamos continuar de forma consequente e decidida”, vincou.

O Tratado Orçamental, adoptado em princípios de Março por 25 dos 27 países da União Europeia, terá de ser aprovado por maioria de dois terços nas duas câmaras do parlamento alemão (Bundestag e Bundesrat), previsivelmente antes das férias de verão.

Para obter o número de votos necessários, o governo de Angela Merkel terá de negociar com a oposição social-democrata e ambientalista, que exige programas para estimular o crescimento económico e o emprego nos países europeus com maiores dificuldades.

Além disso, o parlamento federal (Bundestag) terá de aprovar o MEE, por maioria simples, a um de Julho.

Em relação ao debate sobre a dotação deste fundo, que deverá contar com 500 mil milhões de euros, Schäuble anunciou que irá propor na reunião do Eurogrupo, na sexta-feira, em Copenhaga (Dinamarca).
O MEE disporá assim de 700 mil milhões de euros, pelo menos até meados de 2013, para ajudar países do euro sem acesso aos mercados de capitais.

Além disso, Berlim irá “fazer o possível” para que seja criada a nível europeu uma taxa sobre transacções financeiras, outra das reivindicações da oposição alemã para dar voto favorável ao Tratado Orçamental, referiu Schäuble.

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