COMBATER AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

746885_homem_andando_de_bicicleta_turismo_224_299A forma como as cidades

irão desenvolver as suas

infra-estruturas nos próximos

30 anos determinará o futuro

do aquecimento global.

 

P ara controlarem as emissões ao mesmo

tempo que enfrentam os desafios

do crescimento urbano, as cidades terão

de mudar as suas despesas de infra-

estruturas de carbono para infraestruturas

ecológicas. Isto exigirá a

criação de planos de baixas emissões

a longo prazo. Independentemente

do tamanho, população, história ou

geografia, os ecossistemas dinâmicos

a que chamamos cidades reivindicarão

planos de acção pormenorizados para cumprirem os seus

objectivos; planear é de longe a melhor forma de ter impacto.

Vejamos, por exemplo, o efeito do planeamento urbano nas

emissões. Quando as cidades norte-americanas passaram pelo

período de grande expansão nos anos 50, os planeadores urbanos

conceberam cidades nas quais os indivíduos têm e conduzem

os seus próprios automóveis. Em contraste, as cidades europeias

foram planeadas muito antes dos automóveis serem a norma. A

política fiscal também teve o seu papel, com os impostos sobre os

combustíveis a serem muito mais altos na Europa. Como resultado,

as emissões per capita dos transportes são quase três vezes

mais altas nos EUA do que na maioria dos países europeus, como

Alemanha, Reino Unido e França.

O planeamento certamente compensa, e cada vez mais as cidades

estão a fazê-lo. Em 2009, cerca de 500 líderes europeus representando

120 milhões de cidadãos em 36 países concordaram em

criar planos de acção para o carbono das suas cidades. Juntos escreveram

e assinaram um acordo para reduzir as emissões de carbono

acima dos 20% acordados anteriormente pela União Europeia. Este

“Grupo de Representantes” exige que as cidades (que variam muito

em tamanho) submetam estratégias de sustentabilidade pormenorizadas.

Como resultado, a necessidade de planos e objectivos foi

formalizada e os planos de acção para diminuir o carbono estão a

tornar-se uma parte habitual da estratégia ecológica de muitas cidades,

tanto na UE como noutros países do globo.

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