COMBATER AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
irão desenvolver as suas
infra-estruturas nos próximos
30 anos determinará o futuro
do aquecimento global.
P ara controlarem as emissões ao mesmo
tempo que enfrentam os desafios
do crescimento urbano, as cidades terão
de mudar as suas despesas de infra-
estruturas de carbono para infraestruturas
ecológicas. Isto exigirá a
criação de planos de baixas emissões
a longo prazo. Independentemente
do tamanho, população, história ou
geografia, os ecossistemas dinâmicos
a que chamamos cidades reivindicarão
planos de acção pormenorizados para cumprirem os seus
objectivos; planear é de longe a melhor forma de ter impacto.
Vejamos, por exemplo, o efeito do planeamento urbano nas
emissões. Quando as cidades norte-americanas passaram pelo
período de grande expansão nos anos 50, os planeadores urbanos
conceberam cidades nas quais os indivíduos têm e conduzem
os seus próprios automóveis. Em contraste, as cidades europeias
foram planeadas muito antes dos automóveis serem a norma. A
política fiscal também teve o seu papel, com os impostos sobre os
combustíveis a serem muito mais altos na Europa. Como resultado,
as emissões per capita dos transportes são quase três vezes
mais altas nos EUA do que na maioria dos países europeus, como
Alemanha, Reino Unido e França.
O planeamento certamente compensa, e cada vez mais as cidades
estão a fazê-lo. Em 2009, cerca de 500 líderes europeus representando
120 milhões de cidadãos em 36 países concordaram em
criar planos de acção para o carbono das suas cidades. Juntos escreveram
e assinaram um acordo para reduzir as emissões de carbono
acima dos 20% acordados anteriormente pela União Europeia. Este
“Grupo de Representantes” exige que as cidades (que variam muito
em tamanho) submetam estratégias de sustentabilidade pormenorizadas.
Como resultado, a necessidade de planos e objectivos foi
formalizada e os planos de acção para diminuir o carbono estão a
tornar-se uma parte habitual da estratégia ecológica de muitas cidades,
tanto na UE como noutros países do globo.