Alibaba: uma porta para a China

Pôr as marcas nacionais a relacionarem-se com o consumidor chinês. É esta a promessa do Grupo Alibaba.

O gigante chinês de tecnologia global quer reforçar a parceria com Portugal e posicionar-se como a porta de entrada na China para as empresas nacionais. Realizou esta manhã a primeira conferência oficial em Portugal, com o nome “A Porta de Entrada para as Empresas Portuguesas na China: E- Commerce, Tecnologia e Inovação”, no Museu do Oriente, organizado em parceria com a Agência Portuguesa de Comércio (AICEP) e o Millennium bcp.

Do comércio às viagens, dos smart payments a serviços na cloud, os executivos seniores vieram explicar a missão do Grupo Alibaba: facilitar a concretização de negócios em qualquer lado. O Grupo chegou a Portugal em 2015, tendo entrado ao mesmo tempo nos mercados de Itália, Espanha e Grécia. Hoje, já trabalha com empresas “made in Portugal” neste ecossistema, falamos de marcas como a Delta Cafés, Parfois, CR7 Underwear, Mistolin, Prozis, Cutipol e Renova.

Em 2018, a taxa de penetração da internet na China atingiu os 57,7%, ultrapassando pela primeira vez a marca dos 800 milhões e cimentando o posicionamento deste país como a maior comunidade online do mundo. O país está a mudar de um perfil de “made in” para um “created and consumed in”, com uma classe média em expansão que impulsiona o boom de consumo e cria novas oportunidades para retalhistas e empresas de bens de consumo globais. «É o maior mercado de retalho do mundo. Na China tudo se compra online, até lenços de papel. Está a existir um crescimento exponencial da classe média que vai duplicar dentro de cinco anos. 40% do consumidor chinês compra online marcas internacionais e 90% da compra é concretizada pelo telemóvel. Temos 601 milhões de consumidores activos, 60% têm menos de 30 anos», adianta Alba Ruiz Laigle, gestora de Desenvolvimento Comercial de Portugal e Espanha.

«Acreditamos que o crescimento do e-commerce será uma das principais tendências que marcarão os próximos anos e deverá ser encarada como a prioridade para as empresas que pretendem destacar os seus produtos. Mais do que alternativa ao comércio tradicional, o e-commerce deve ser encarado como uma evolução necessária para as empresas», chama a atenção Luís Castro Henriques, CEO da AICEP.

Por seu lado, Rodrigo Cipriani Foresio, director-geral do Alibaba para Itália, Espanha, Portugal e Grécia,  reforça: «o Alibaba é o parceiro de confiança escolhido por milhares de marcas em todo o mundo e o nosso ecossistema foi concebido especificamente para os ajudar a construir e consolidar a sua marca na China. Estamos ansiosos por poder levar à China ainda mais marcas “made in Portugal” de excelência.»

 

Texto de TitiAna Amorim Barroso

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