Accenture Digital Business
INTRODUÇÃO
O panorama do mundo digital mudou radicalmente nos últimos anos, tendo alterado a forma como vivemos, como nos relacionamos e como se fazem negócios. Olhamos à nossa volta e percebemos o quanto a tecnologia nos influencia e o impacto que tem nas nossas vidas. As pessoas relacionam-se através da tecnologia e as organizações utilizam-na para criar valor e optimizar o seu desempenho.
Neste contexto, a Executive Digest lançou o desafio à Accenture de participar num novo projecto editorial dedicado à economia digital e que iniciamos com esta edição. Serão abordadas as várias perspectivas dos negócios digitais. Mensalmente poderá ler artigos de opinião, entrevistas com especialistas e estudos sobre a nova era digital que está a redefinir o relacionamento das organizações com os clientes, com os colaboradores e a transformar a sua visão de negócio.
Temas como Digital Strategy, Analytics, Mobility, Digital Marketing, Digital Customer Experience ou Social Media serão abordados numa visão mais estratégica, com o objectivo de reflectir e lançar a discussão sobre novas ideias para tornar as organizações mais ágeis e eficientes neste novo ambiente competitivo.
E é também neste contexto que serão abordados conceitos na ordem do dia, como a Internet of Things ou Cloud e o seu impacto nos modelos de negócio, e sobre de que forma esta realidade irá ajudar as organizações a serem mais competitivas e a estarem melhor preparadas para responder aos principais desafios do negócio.
Esperamos que este novo suplemento seja do agrado dos leitores da Executive Digest e que permita acompanhar de forma mais próxima as tendências do Digital. Porque hoje já não há qualquer dúvida: todos os negócios são negócios digitais!
Por Rui Sales Rodrigues
Director de Marketing
Accenture
CEO Briefing 2015 | Da produtividade aos resultados
73% das empresas ainda não fizeram investimentos concretos na Internet das Coisas .
O último relatório CEO Briefing 2015 da Accenture, feito em colaboração com o The Economist Intelligence Unit, reflecte a visão de líderes executivos em todo o mundo sobre a Internet das Coisas.
O trabalho da Accenture com organizações globais, juntamente com as pesquisas realizadas pela consultora, revelou que a incapacidade de tomar acções tangíveis na área da Internet das Coisas pode impedir as organizações de aproveitarem receitas a longo prazo. De facto, o Accenture Institute for High Performance encontrou um forte argumento económico a favor da Internet das Coisas, com projecções a mostrarem que poderia aumentar o Produto Interno Bruto em 1,5% em 2030, segundo estudos feitos a 20 grandes Economias.
Ao analisar os resultados do inquérito, conclui-se que os executivos de topo sabem certamente que a tendência existe e reconhecem a sua importância, quase ao ponto de terem confiança a mais sobre a sua capacidade de a abraçar rapidamente. No entanto, o inquérito a 1400 executivos de topo, metade dos quais CEO, descobriu que ainda que estes possam ver e acreditar na Internet das Coisas, isto não se traduz necessariamente em movimentos eficazes para a sua exploração: a maioria dos líderes de topo vê a Internet das Coisas como uma criadora de empregos e espera conseguir reduzir os gastos operacionais com a mesma, mas apenas 7% estão a ligar a estratégia aos investimentos e perto de três quartos afirmaram que ainda não fizeram progressos concretos na Internet das Coisas.
Os líderes seniores citam várias razões por que ainda não tomaram medidas – do acesso limitado ao capital a acesso insuficiente à tecnologia ou a infra-estruturas de informações e telecomunicações desadequadas. Além disso, como acontece com todos os desenvolvimentos digitais, existem obstáculos a remover e questões a ultrapassar. Da legislação do Governo às implicações culturais – empregos novos, aptidões diferentes – as condições têm de ser as certas. E essas condições precisam de ser flexíveis mediante um mundo em mudança, tendo sempre presente que a Internet das Coisas está a mudar as regras do jogo.
Texto publicado na edição n.º 115 de Outubro de 2015, da revista Executive Digest