Regulação pressiona resultados da Endesa

junta-general-endesa-2010-003A Endesa conseguiu um aumento das receitas de 3,4% e dos lucros operacionais em 2,9% no primeiro trimestre de 2012. Apesar disso, o resultado foi afectado pela actividade em Portugal e Espanha, com as medidas de controlo do défice no sector tomadas pelo Governo.

O resultado líquido caiu 7% para 621 milhões de euros entre Janeiro e Março, na empresa que está a crescer no mercado português. As depreciações, o aumento dos custos financeiros e as medidas governamentais para controlo do défice de 70 milhões de euros são apontados pela espanhola como causas desta perda.

As receitas em Portugal e Espanha situaram-se em 6 031 milhões de euros, num clima que a Endesa explica afectar a actividade devido à menor procura no sector e ao aumento dos custos da energia. Nestes países cresceu a produção de energia em 20% – mais 41% em energia térmica e menos 55% de produção hidráulica – embora o resultado líquido tenha perdido 9% para 475 milhões.

Na América Latina, os resultados são mais positivos, com o aumento de 6% nas vendas de distribuição, destacando-se países como o Chile, o Brasil e o Peru. A produção cresceu 4%, com o aumento da energia hidráulica no Brasil e na Colômbia.

A facturação conseguida nesta região ascendeu a 2 616 milhões de euros, com um EBITDA de 787 milhões de euros, mais 16% do que no período homólogo de 2011; o resultado líquido subiu 1% para 146 milhões.

A dívida financeira líquida da empresa foi de 5 523 milhões de euros, menos 1 395 milhões do que no final de 2011. Acresce a este montante as verbas de 4 184 milhões de euros para o financiamento do défice tarifário e compensações exteriores aos mercados espanhol e português, correspondentes a elementos da regulação do sector da electricidade em Espanha.

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