GERIR UM GRANDE PRÉMIO
A oportunidade de levar o motociclismo para os EUA seduz a empresa. Veja como ela analisou a proposta e como funciona a competição de alta adrenalina.
Javier Alonso, gestor do serviço de eventos na Dorna, foi à impressora buscar o e-mail acabado de chegar. Há semanas que a Dorna, empresa que organiza o Grande Prémio Mundial de Motociclismo, estava em negociações para organizar um evento adicional do Grand Prix (GP) nos EUA. O e-mail trazia as grandes linhas de um possível negócio, incluindo os esforços exigidos para o marketing do GP, o número de espectadores esperados, o valor a pagar pelo GP e investimentos necessários para adaptar a pista aos padrões da FIM (International Motorcycling Federation). Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna, veio ler o e-mail. A oferta era atractiva, mas os dois executivos sabiam que a decisão pedia uma análise financeira bem como uma análise ao posicionamento estratégico do campeonato.
O campeonato Mundial MotoGP
O primeiro campeonato nacional de motociclismo realizou-se (hoje com a marca MotoGP) em 1949, com seis corridas, em que os condutores marcavam pontos pela sua posição no final de cada corrida pelos seus tempos. O vencedor da categoria de topo foi Lee Graham, com uma moto de dois cilindros AJS – foi único título que venceu. Desde então, nomes como John Surtees, Mike Haiwood, Giacomo Agostini, Johnny Cecotto, Phil Read, Barry Sheene, Angel Nieto, Kenny Roberts, Mick Doohan e Eddie Lawson, ou marcas como a Honda, Moto Guzzi, Yamaha, Suzuki, MV Augusta, Ducati, Norton, BMW e NSU, definiram o que é hoje o torneio mais antigo e mais prestigiado no mundo do motociclismo.