Quanto está Portugal a perder com a contrafacção?
Anualmente, regista-se uma perda de mil milhões de euros em Portugal devido à contrafacção. O valor é apontado pelo Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) e diz respeito a 13 sectores económicos, desde produtos cosméticos, vestuário e calçado a brinquedos, joalharia, vinhos, smartphones e pneus.
De acordo com a análise divulgada hoje – com base em dados de 2015 –, trata-se de uma perda de 98 euros por habitante e de um total de 16.441 empregos eliminados. “Uma vez que os fabricantes legítimos produzem menos do que fariam na ausência de contrafacção, empregando assim menos trabalhadores, verifica-se também uma perda directa” neste campo, explica o EUIPO em comunicado.
No mercado nacional, os cinco sectores com maiores perdas são: Vestuário (342 milhões de euros), Medicamentos (269 milhões de euros), Cosméticos (129 milhões de euros), Smartphones (73 milhões de euros) e Vinhos e Bebidas Espirituosas (60 milhões de euros).
O EUIPO estima que, devido à contrafacção, os 13 sectores analisados perdem todos os anos 8,2% das vendas directas em Portugal.
Na União Europeia, a perda é de perto de 60 mil milhões de euros, ou seja, 7,5% das suas vendas e 116 euros por habitante. Neste caso, o número de postos de trabalho perdidos ascende a mais de 434 mil.