Arrendamento de escritórios aumenta na periferia
O arrendamento de escritórios na periferia está a aumentar mais rapidamente do que nos centros das cidades. De acordo com a Savills, a diminuição do desemprego em toda a Europa está a levar as empresas a procurar escritórios para lá das artérias principais, uma vez que os espaços disponíveis no centro não têm as dimensões e condições necessárias para albergar equipas maiores.
A mesma consultora imobiliária indica, ainda, que as rendas do Central Business District (CBD) têm registado, em média, um aumento anual de 4%, segundo dados do primeiro trimestre deste ano. Este crescimento situa-se 2% acima do pico dos calores de arrendamento entre 2007-2010.
Na periferia, os valores de arrendamento são, em média, 70% inferiores aos verificados no CBD. Ainda assim, apresenta uma subida anual de 5,6% e está, hoje, 8% acima da média dos últimos cinco anos.
Em Lisboa, o maior desafio é encontrar espaços com as características técnicas necessárias, segundo avança Rodrigo Canas, associate consultant da Savills Aguirre Newman Portugal. «Os parques de escritórios ainda carecem de renovação e a média de construção de novos projectos nos últimos anos (2011-2018) está ainda aquém dos valores atingidos em anos anteriores (2004–2010)», conta o mesmo responsável, indicando que o corredor Oeste da capital portuguesa foi a zona de maior absorção durante o ano passado (26% do take-up total).