Abarth com recorde de vendas em 2018
A Abarth, que estreia este ano a nova gama “70th Anniversary”, vendeu, em 2018, quase 23.500 unidades na Europa (aumento de 36,5% e recorde de vendas) e cresceu 50% em Portugal.
“Com quase 23.500 unidades vendidas na Europa e um crescimento de 36,5%, a Abarth estabeleceu o seu recorde de vendas no ano passado”, afirmou Luca Napolitano, responsável das marcas Fiat e Abarth para a região EMEA.
“Os resultados foram excelentes em muitos mercados, como no Reino Unido, onde foram vendidas mais de 5.600 viaturas com um crescimento de 26,8% que, por si só, já representa um novo recorde de vendas, e em Espanha, com 1.450 viaturas vendidas e um crescimento de 26,6%. Estou muito orgulhoso destes resultados, que demonstram a internacionalidade e o poder de atração da marca fora de Itália, confirmando que dispomos de uma gama que satisfaz plenamente as exigências de um target cada vez mais vasto”.
Além de vendas recorde, a marca do escorpião está a celebrar o seu 70.º ano de vida sempre sob a insígnia das performances e do estilo tanto nas estradas de todos os dias como nas mais difíceis provas de competição.
“No ano transato batemos recordes também no campo desportivo”, continuou Luca Napolitano. “O Abarth 124 rally, na sua segunda época na competição, dominou a classe R-GT, conseguindo mais de 40 vitórias na categoria em 12 campeonatos nacionais e vencendo o Campeonato Europeu de R-GT e a Taça Mundial FIA R-GT. Grandes resultados como estes significam que vamos celebrar o 70.º aniversário da Abarth no ano seguinte com orgulho”.
Para celebrar estes recordes e o aniversário de uma forma digna, as novas versões Abarth “70th Anniversary” do Abarth 595, do Abarth 124 spider e do Abarth 124 GT. Será colocado um emblema comemorativo “70th Anniversary”, desenvolvido para o efeito, em todas as viaturas matriculadas em 2019, tornando-as únicas e exclusivas.
As novidades foram apresentadas na 87.ª edição do Rali de Monte Carlo, o mais famoso e consagrado rali do mundo. As viaturas com o símbolo do escorpião têm sido líderes em Monte Carlo, como foi o caso da memorável vitória de Walter Röhrl em 1980 ao volante de um 131 Abarth Rally.
Não é obra do acaso a competição ter sido sempre um elemento essencial na história da Abarth e que o seja também no presente. Os mundos das pistas e dos ralis são duros terrenos de testes, onde todas as inovadoras soluções tecnológicas são testadas nas mais adversas condições antes de serem transferidas para os modelos Abarth de estrada, a fim de oferecerem o melhor em termos de performance, segurança e fiabilidade.
A história da Abarth 1949-2019
A lenda do símbolo do escorpião nasceu em 31 de março de 1949, quando Carlo Abarth (1908-1979) fundou, com o piloto Guido Scagliarini, a Abarth & C.. O primeiro veículo produzido foi o 204 A Roadster, baseado no Fiat 1100, que logo ganhou o Campeonato Italiano 1100 Sport e o título na Fórmula 2. Desde então, a história da Abarth tem sido recheada de recordes a nível da competição e da indústria, elementos sempre no espírito do fundador: combinar máximas performances, trabalho artesanal e constante progresso técnico.
Na verdade, a carreira de Carlo Abarth começou com motos, não com automóveis. Com 20 anos de idade, averbou as primeiras vitórias como piloto de uma Motor Thun e, no ano seguinte, construiu a sua primeira mota personalizada com a marca Abarth. Infelizmente, durante uma prova em Linz, um acidente obrigou-o a abandonar as motos. Continuou a competir em “sidecar”, veículo que o tornou famoso em façanhas como a corrida contra o comboio do Expresso do Oriente – que, obviamente, venceu. Um segundo acidente sério em 1939 obrigou-o a abandonar por completo a competição. Isto marcou um novo começo para Carlo Abarth.
Em 1945, mudou-se para Merano e tornou-se cidadão italiano para todos os efeitos. Então, depois de uma breve experiência na Cisitalia, fundou em 1949 a Abarth & C. e teve a intuição de complementar as atividades de competição com a produção do seu famoso kit de preparação para viaturas de produção em série, destinado a aumentar a potência, a velocidade e a aceleração. O componente principal dos kits era sistemas de escape que, com o passar do tempo, se tornaram um verdadeiro ícone do “estilo Abarth”. No espaço de alguns anos, a Abarth & C. atingiu níveis globais: em 1962, com 375 empregados, produziu 257.000 sistemas de escape, 65% dos quais destinados a exportação
O auge do sucesso surgiu nos últimos anos de 1950 e nos anos de 1960. Um exemplo? Com um Fiat Abarth 750 desenhado por Bertone em 1956, a marca quebrou os recordes de resistência e velocidade: a 18 de Junho, na pista de Monza, bateu o recorde das 24 horas ao percorrer 3.743 km à velocidade média de 155 km/h. Depois, entre 27 e 29 de Junho, no mesmo circuito, bateu uma série de recordes: os 5.000 e os 10.000 km, as 5.000 milhas e também as 48 e as 72 horas. O mesmo veículo foi desenhado por Zagato em duas versões: o Fiat Abarth 750 Zagato (1956) e o Fiat Abarth 750 GT Zagato (1956). O “rugido” da viatura chegou aos ouvidos de Franklin Delano Roosevelt Jr., filho do presidente dos EUA, que se apressou a deslocar-se a Itália para assinar um contrato de exclusividade com a Abarth para a distribuição destas viaturas
Em 1958, a Abarth realizou uma verdadeira obra de arte com o novo Fiat 500, transformando completamente o pequeno utilitário e realçando ao máximo as suas potencialidades. No mesmo ano, a marca intensificou a sua parceria com a Fiat, comprometendo-se esta a recompensar a Abarth com prémios em dinheiro com base no número de vitórias e de recordes que a equipa conquistasse. Um acordo que constituiu a base para uma impressionante série de vitórias consecutivas: 10 recordes mundiais, 133 recordes internacionais, mais de 10.000 vitórias nas pistas.
Os anos de 1960 foram a década de ouro para a Abarth, que se tornou sinónimo de velocidade, coragem, performance e evolução. A lista de modelos que gravaram o nome da Abarth na história da competição motorizada é longa: do 850 TC, vencedor em todos os circuitos internacionais, incluindo o de Nürburgring, ao Fiat Abarth “1000 Berlina” e ao 2300 S, que registou uma extraordinária série de recordes no circuito de Monza, apesar das severas condições meteorológicas.
Em 1971, a Fiat Auto tornou-se a única proprietária da Abarth e o último modelo em que o fundador participou ativamente foi no desenho do A112 Abarth. Durante os anos de 1980, a história continuou com modelos famosos, como o Fiat 131 Abarth, campeão do mundo de ralis, e o Ritmo Abarth.
Tristemente, Carlo Abarth faleceu em 24 de outubro de 1979, sob o signo do Escorpião, o mesmo do seu nascimento e que inspirou o emblema ostentado pelos seus veículos.
O glorioso passado ganhou vida de novo em 2008, quando a marca foi relançada com uma nova gama criada para fãs dos desportos motorizados, como o Abarth Grande Punto (2007) e o Abarth 500 (2008), além de kits de preparação para cada modelo, e as versões de competição do Abarth Grande Punto Rally Super 2000 e o Abarth 500 Assetto Corse.
Desde então, rapidamente foram lançados novos modelos: o Abarth 695 Tributo Ferrari (2010), o Abarth 595 Yamaha Factory Racing (2015), o Abarth 695 Biposto Record (2015), o Abarth 695 Rivale (2017), o Abarth 124 spider, o Abarth 124 rally (ambos em 2016), o Abarth 124 GT e a nova gama Abarth 595 (ambos introduzidos em 2018). Hoje, a lenda continua com a nova gama Abarth “70th Anniversary”.