VI Barómetro Executive Digest – Nuno Ferreira Pires

O desempenho da economia portuguesa foi dos tópicos que maior atenção mereceu por parte dos participantes no VI Barómetro Executive Digest. Conheça os resultados e acompanhe alguns dos comentários do painel.

Por Nuno Ferreira Pires, CEO da Sport TV

Portugal regressou aos níveis de crescimento económico de 2008 e “enganou” até o Banco de Portugal, que previa um crescimento de 1,8% em 2017. A verdade é que todos subestimaram o potencial das exportações de serviços – leia-se ‘Turismo’– e, apesar de um pouco menos, a capacidade de investimento dos empresários e o aumento do consumo interno.

Ninguém parecia esperar que Portugal se tornasse o “melhor destino turístico do mundo” e que recebesse, só no último ano, 20 milhões de visitantes. Seja como for, o Turismo impôs-se como a actividade mais relevante para a recuperação da economia, colocou-nos no mapa e este é o momento para aproveitar o seu dinamismo, promovendo outras áreas que a médio/longo prazo se possam tornar estratégicas.

Por exemplo? A qualidade de vida! Em 2017, o Expat Insider, dos maiores estudos do mundo que analisa o modo de vida dos expatriados, atribuiu-nos o primeiro lugar no “Quality of Life Index” sendo ainda o país que mais subiu no ranking. A qualidade de vida é um factor essencial para captar grandes projectos de investimento estrangeiro, criar emprego, atrair talento e fazer regressar recursos qualificados. Temos o que é preciso mas falta-nos o mais fácil: mais promoção externa para destronar os nórdicos de todos os índices de felicidade e qualidade de vida do mundo!

Para que tudo isto se torne sustentável, a permanente aposta na Educação e o pioneirismo no investimento e adopção de novas tecnologias serão áreas chave – a (in)segurança que viveremos nos próximos anos será a ciber (segurança). Porque o mundo não antecipou o crescimento tecnológico e não legislou nem educou as populações para a nova realidade. A (nova) pirataria é vista com condescendência, a violação da privacidade é feita à vista de todos e as próximas gerações não o saberão distinguir. Se os governos não o anteciparem, a vulnerabilidade dos países e cidadãos estarão permanentemente em risco.

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