Utilities devem olhar para Millennials

A geração Millennial (entre os 18 e os 34 anos) é responsável por uma procura elevada de novos bens e serviços relacionados com o consumo de energia, pelo que as empresas do sector não devem ignorar os seus desejos. O estudo “The New Energy Consumer: Thriving in the Energy Ecosystem” da Accenture revela que o futuro do sector das Utilities está «marcado por consumidores mais exigentes e com interesse em novos produtos e serviços digitais».

Realizado em 17 países, incluindo em Portugal, o mesmo estudo indica que os Millennials querem ser os primeiros a ter acesso a novidades, sendo que 24% dos consumidores desta geração são considerados early adopters. Os Millennials estão também mais receptivos a adoptar produtos e serviços de recursos energéticos distribuídos (DER) depois de serem informados sobre os mesmos (87% vs 60% dos consumidores com mais de 55 anos). E 80% estaria mais satisfeito se lhe fosse oferecido um serviço de apoio que sugerisse novas ofertas de produtos e serviços.

As novas tecnologias são também uma tendência crucial: nos próximos cinco anos, 61% dos Millennials estão receptivos a dispor de uma aplicação que monitorize e controle remotamente os equipamentos de casa e 56% está aberta à aquisição de um painel solar.

Consumidores portugueses

Perto de metade dos consumidores portugueses confia na informação fornecida pela sua empresa de energia relativamente a produtos como painéis solares, embora 51% diga não receber qualquer tipo informação sobre DER nos últimos 12 meses. Dos portugueses inquiridos pela Accenture, 39% corresponde a Millennials.

Face a 2015, quando 48% dos inquiridos estava disponível para mudar de operador caso detectasse condições mais favoráveis, o estudo deste ano mostra que apenas 43% estaria aberto a isso.

Nuno Pignatelli, managing director da Accenture Portugal, afirma que «a estratégia de cliente deve ter uma visão ampla das tendências que definem os consumidores de hoje, e, mais importante, os consumidores de amanhã». Em comunicado, o responsável explica ainda que «para prosperar, os fornecedores de energia devem agir rapidamente para definir a sua transformação, criar novas capacidades, aproveitar as oportunidades do mercado, atingir escala e inovar continuamente através da digitalização e automação das operações».

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