Randstad Insight: Randstad Workmonitor – Terceiro trimestre 2018

Colaboradores estão mais dispostos a fazer voluntariado durante o horário de expediente.

65% dos inquiridos globais, no último Randstad Workmonitor, consideram importante contribuir para a sociedade através de trabalho voluntário, mas apenas 34% o fazem activamente. Contudo, se os empregadores oferecessem horas pagas para trabalho voluntário, 73% estariam dispostos a fazê-lo. Na China (66%) e na Índia (60%) a maior parte dos inquiridos faz trabalho voluntário, enquanto as percentagens mais baixas encontram-se no Japão (17%) e na República Checa (15%).

Os colaboradores não são realmente encorajados pelos empregadores a fazerem trabalho voluntário fora do horário de expediente. Apenas 27% afirmam isto, com o encorajamento mais alto na China (55%) e o mais baixo na Dinamarca (13%). No que toca a receber horas pagas para benefício de uma causa, 19% dos inquiridos afirmam que podem escolher a sua própria causa e 18% afirmam que só recebem essas horas pagas se trabalharem para uma causa escolhida pelo empregador.

Responsabilidade social

Para os empregadores é importante ter um forte programa de responsabilidade social, já que 79% dos inquiridos afirmam que só querem trabalhar para uma empresa que o tenha. E quando procuram um novo emprego, 58% acreditam ser importante que a empresa participe em iniciativas de caridade e filantropia. Na Turquia e na Índia, (ambas com 80%) é muito importante, enquanto no Japão (36%) e na Suécia (38%) tem menos peso. Globalmente, 53% declaram que o seu empregador apoia activamente pelo menos uma boa causa, com a Índia a ter a percentagem mais alta (77%) e o Japão a mais baixa (27%).

Diversidade

No que diz respeito à diversidade, 70% revela que o seu empregado quer que a força de trabalho reflicta os mercados laborais locais e nacionais. Curiosamente, 46% indicam que o seu empregador tem uma política de diversidade/ inclusão. O número maior de empregadores com políticas de diversidade está na Malásia (69%), China (68%) e Índia, e o mais baixo na Hungria (17%), República Checa (19%) e Holanda (25%).

Índice de mobilidade

O número de colaboradores em todo o mundo que espera trabalhar para um empregador diferente nos próximos seis meses também aumentou ligeiramente, o que resultou num Índice de Mobilidade 111. Os dados confirmam que a mobilidade aumentou mais na República Checa (+9), Suíça, (+8), Roménia (+7) e Portugal (+6), e desceu mais no Brasil (-9), Hong Kong (-4) e Singapura e México (ambos com -3).

Não há qualquer alteração na mobilidade nos EUA, Reino Unido, China e Holanda.

Mudança de emprego

A mudança efectiva de emprego também subiu ligeiramente, para 23%, e mais uma vez o valor mais alto encontra-se na Índia (49%) e na Malásia (48%). Em comparação com o trimestre anterior, a mudança efectiva de emprego aumentou na China, Dinamarca, República Checa, Malásia, Noruega, Suécia, Suíça, Holanda e Reino Unido.

Na Alemanha e no México, a mudança efectiva de emprego diminuiu em comparação com o trimestre anterior.

Tal como aconteceu no último trimestre, a mudança efectiva de emprego continua a ser mais baixa no Luxemburgo (8%), seguindo-se a Roménia (15%), um novo país a participar no inquérito.

Mudar de emprego

A vontade de mudar de emprego aumentou no Canadá, Índia, Itália e Malásia em comparação com o último trimestre do ano passado.

No Chile, na Dinamarca, Portugal, Espanha e Holanda, a vontade de mudar de emprego diminuiu, continuando contudo mais alta na Índia (48%) e mais baixa no Luxemburgo (16%), Áustria (17%) e Turquia (18%).

Satisfação com o emprego

Em comparação com o trimestre anterior, a satisfação profissional aumentou na Argentina, Bélgica, República Checa e Malásia, mas diminuiu na Austrália, Áustria, Canadá, Itália, Japão, Polónia e Turquia em comparação com o trimestre passado. Tal como no último trimestre, verifica-se que a satisfação profissional mantém índices mais elevados no México (82%), e Índia e EUA (ambos com 80%), e mais baixos no Japão (44%) e Hong Kong (46%).

O Randstad Workmonitor foi lançado na Holanda em 2003, a que se seguiu a Alemanha. Neste momento cobre 34 países espalhados por todo o mundo. O último país a entrar foi a Roménia, no segundo trimestre deste ano. O estudo engloba Europa, Ásia-Pacífico e América e é publicado quatro vezes por ano, tornando visíveis as tendências locais e globais na mobilidade. O Índice de Mobilidade do Workmonitor, analisa a confiança dos colaboradores e indica a probabilidade de mudar de emprego nos próximos seis meses, oferecendo um panorama abrangente de sentimentos e tendências no mercado de trabalho. Além da mobilidade, este inquérito aborda a satisfação dos colaboradores e a motivação pessoal, para além de um conjunto diversificado de perguntas temáticas.

FICHA TÉCNICA | O estudo é feito online a colaboradores com idades entre os 18 e os 65 anos, que trabalham no mínimo 24 horas por semana num emprego pago (excluindo empresários por conta própria). A amostra mínima é de 400 entrevistas por país.

Artigo publicado na Revista Executive Digest n.º 151 de Outubro de 2018.

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