Quais são as redes sociais mais utilizadas em Portugal?

Por Manuel Falcão, director-geral da Nova Expressão – Planeamento de Media e Publicidade

Segundo a Marktest, 5,3 milhões de portugueses usam redes sociais. O recente estudo “Os portugueses e as redes sociais”, afirma que o Instagram é aquela que mais tem crescido nos últimos cinco anos. Sendo um fenómeno relativamente recente (o Facebook e o Twitter, por exemplo, nasceram em 2006), as redes sociais são hoje dos sites mais relevantes para os portugueses.

Entre nós, a penetração das redes sociais aumentou mais de três vezes e meia entre 2008 e 2017, passando de 17,1% para 61,9%, segundo os dados do estudo Bareme Internet da Marktest. O grande crescimento deu-se entre 2010 e 2012 e hoje há apenas 770 mil indivíduos que costumam usar a Internet mas que não acedem a redes sociais. Segundo o mesmo estudo, o Facebook é a rede social mais relevante em Portugal: 87,5% dos utilizadores dizem espontaneamente, em 1.º lugar, conhecer o Facebook e 95% têm conta no Facebook.

Mas novas redes sociais têm emergido nos últimos anos, sendo de destacar sobretudo o Instagram, que é hoje a segunda rede mais conhecida e a segunda de maior penetração, com 60% dos utilizadores de redes sociais a afirmar terem conta no Instagram, um valor que sobe para os 91% entre os mais jovens. WhatsApp, Youtube e LinkedIn completam a lista das cinco redes sociais com maior penetração no mercado português. Ainda segundo a Marktest, em Agosto passado, o tráfego auditado gerado por equipamentos móveis (tablet ou smartphones) superou em 465 mil pageviews o proveniente de PCs (desktop ou portáteis). Esta liderança mobile ocorre pela primeira vez desde que a Marktest disponibiliza este serviço. Ambas as plataformas têm vindo a aproximar-se uma da outra, chegando a Agosto com o mobile a ultrapassar o PC. Os equipamentos mobile geraram 50,01% do total dos pageviews, enquanto os computadores, pela primeira vez, ficaram abaixo dos 50%.

Os conteúdos são decisivos?

Nos EUA, a Nielsen começou a fazer um estudo para determinar como os consumidores aderem a novas tecnologias. A primeira constatação é que a qualidade do conteúdo é o factor mais procurado. Segundo a Nielsen, nos primeiros três meses, 64 % dos utilizaodres adultos de smartphones visionaram videos, num site ou numa App de redes sociais e 46% dos utilizadores de tablets também tiveram esse comportamento. Os adultos entre 18 e 34 anos são o segmento em que isso é mais relevante. Em relação às plataformas de streaming, os consumidores preferem aquelas que disponibilizam conteúdos, vídeo ou áudio com que tomaram conhecimento nos meios tradicionais. 45% está disposto a assinar um serviço que lhes  dê o conteúdo que prefere e 42% diz que prefere compras isoladas de visionamento de determinado conteúdo.

Como está o panorama de TV?

Ao fim de nove meses, como vai a audiência? Há menos gente a ver canais de TV que no início de 2018 e Setembro foi o pior mês em número de espectadores. Todos os canais estão, na média dos nove meses, com um share médio de audiência pior do que o obtido em Janeiro. A RTP leva uma média de 11,9%,a RTP2 com 1,4%, a SIC com 15,8% e a TVI com 19,6%. Nos canais de cabo, a liderança está no CMTV, quarto mais visto em termos globais, que começou o ano com 2,9%, em Setembro atingiu 3,8% e tem uma média de 3,4%. O quinto é agora a Globo, com um share médio de 1,9% e que em Setembro teve 2,1% contra 1,9% da SIC e da TVI24.

Segundo a Marktest, em Julho existiam 3 313 mil lares com TV paga, o que corresponde a 81,9% do total. Analisando os dados de penetração desde 2006, é de registar a tendência crescente, passando de 46,4% em 2006 para os 81,9% em Julho. A subscrição de TV paga é superior junto dos lares onde a idade do assinante se situa abaixo dos 55, na Região da Grande Lisboa ou entre os lares das classes mais elevadas. Considerando o tipo de acesso, o número de lares que o faz através de fibra óptica tem vindo a aumentar.

Este artigo foi publicado na edição de Outubro de 2018 da Executive Digest.

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