Portugal no festival da gestão

nova-imagem-2Em tempos difíceis como os que o nosso país atravessa é inevitável e lógico que os Portugueses se perguntem porque é que Portugal nunca ganhou o Festival da Canção!

Anos e anos de investimento em letras e músicas e o melhor que conseguimos foi um sexto lugar. Anos e anos de má gestão e conseguimos o pior: um pais endividado e à beira da ruptura económica, social e moral. Será o Fado?

Está visto que, no que respeita a gestão de países, os nossos «(des)governantes» são o verdadeiro Zé Cabra (com o devido respeito ao artista que se poderia sentir ofendido) da Gestão. E com a agravante de que ao menos o artista dá a cara pela sua voz e não canta em playback, que é como o nosso país caminha para ser gerido, com as consequências daí advenientes e independentemente do que diga o Carlos Paião acerca dos benefícios de cantar em playback.

Temos tentado de tudo, no que respeita a «dar música», e o resultado está à vista de todos (literalmente)! As nossas empresas parecem uma filarmónica sem maestro e no erário público não há dinheiro que chegue para mandar cantar um cego! Andámos séculos agarrados à ideia de que já fomos ao Brasil, Praia e Bissau, Angola, Moçambique, Goa e Macau. Ai, fomos até Timor. Mas isto hoje em dia já é mais: «Ai, já fui conquistador e agora estou em dívida que é um horror!» É bonito (e a canção assim ainda ficava mais no ouvido), mas e agora? O que é que se faz com um país falido e endividado? Liquida-se e vende-se em hasta pública? Bom, na parte das ilhas é mais fácil, já estão ajeitadas aos bocados no meio do oceano e, mal por mal, no continente insistem em não perceber o que por lá se diz. Mas e o resto? Quem fica com a Torre de Belém? E Idanha-a-Nova? Que será de Idanha-a-Nova?

E não nos podemos esquecer que foi no meio deste festival da gestão (aqui os 10 pontos vão para Portugal) que o (des)Governo lançou o seu novo teledisco, que dá pelo nome de: «austeridade a quanto obrigas». E tem sido um êxito! Indo directa ao refrão, temos o aumento dos impostos a rimar com a redução dos salários da função pública, que vê congelada a progressão na carreira.

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