Passar lições do #MeToo para a sala de reuniões

Os escândalos de assédio sexual encheram as páginas dos jornais, com organizações como a The Weinstein Co., a Fox News, a Uber Technologies, a Wynn Resorts e a Lululemon Athletica, entre outras, sob críticas negativas. Em cada um dos casos, as empresas saíram do escândalo com a sua reputação significativamente danificada

Por Patricia H. Lenkov e Denise Kuprionis, MIT Sloan Management School

 

O seu Conselho de Administração reflectiu sobre os movimentos sociais #MeToo e #TimesUp e sobre a onda contínua de despedimentos de CEOs por alegações de assédio? Quer seja membro de uma empresa cotada, privada ou não lucrativa, os procedimentos para lidar com e impedir o assédio sexual devem estar nas prioridades da administração. Os directores precisam de fazer o que está certo, pelos colaboradores, pelos clientes e por todos os stakeholders. Está na altura de as administrações agirem.

Como consultoras de administrações há anos, tivemos muitos debates sobre os desafios que as empresas enfrentam. Compreender o apetite pelo risco e assegurar que a empresa tem um processo para gerir os seus riscos está normalmente no topo da lista.

Quando analisamos a fundo a forma como as administrações gerem o risco, ouvimos frequentemente que diferentes riscos são controlados por diferentes comités. Por exemplo, os riscos contabilísticos estão sob a alçada dos comités de auditorias e os riscos relacionados com programas de incentivo de capital e acções são monitorizados pelo comité de remunerações.

Mas o que acontece ao assédio sexual? As empresas normalmente aceitam que, embora o assédio sexual no local de trabalho seja um comportamento inaceitável por parte de um indivíduo, o silêncio ou a falta de consequências que se seguem reflectem um problema de cultura empresarial – e a cultura é responsabilidade de todo o conselho de administração.

Leia este artigo na íntegra na edição de Setembro de 2018 da Executive Digest.

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