Os livros de Vítor Sevilhano

Fernando Pinto e Vítor Sevilhano estão à frente de uma companhia aérea e de uma instituição dedicada ao coaching. Os líderes da TAP e da Laboratório da Formação têm em comum o gosto pela leitura e por histórias inspiradoras – reais ou animadas.

20130312-_paf4292, na livraria Leya na Buchholz, onde debateu com Fernando Pinto conceitos de liderança a partir de obras de eleição.

«Vítor Sevilhano, administrador do Laboratório da Formação e da Escola Europeia de Coaching, apresentou as suas escolhas justificando-as como sendo, por um lado, da sua preferência pessoal e também muito adequadas à realidade portuguesa e a necessidades de desenvolvimento em liderança em muita da nossa comunidade empresarial.

Começou por fazer referência a uma dupla de autores seus favoritos, Rob Goffee e Gareth Jones, ambos professores na London Business School e ao seu livro “Why Should Anyone be Led by You?”, onde aqueles se referem a um conjunto de características que os Líderes devem ter e praticar, a saber:

Mostram, selectivamente, as suas fraquezas;
Baseiam-se muitíssimo na intuição para calibrar o timing apropriado e o curso das suas acções;
Gerem os colaboradores com “empatia firme”;

Dão a conhecer as suas diferenças.

Destas características, comentou que as pessoas não estão à espera de ser liderados por super-homens ou super-mulheres e cada vez mais gostam de ser lideradas por homens e mulheres de carne e osso, autênticos, genuínos, que dizem “não sei” e não escondem os seus pontos fracos e as suas preferências. Comentou também a expressão “empatia firme”, como simbiose perfeita entre proximidade e ter de tomar decisões que não vão conseguir agradar a todos, mas têm de ser tomadas.

Continuou fazendo referencia à obra “The Leadership Pipeline – How to build the leadership powered company”, de Ram Charan, Steve Drodder e Jim Noel, onde se faz uma magnífica descrição das competências que uma pessoa tem de ir adquirindo ao longo da sua carreira na empresa, quando migra de Especialista para Gestor e de Gestor para Líder.

Desta forma, deu resposta a muitas das interrogações que se ouvem de alguns executivos quando, uma vez promovidos, continuam a fazer as mesmas coisas que dantes, refugiando-se na sua zona de conforto e acabando por fazer o trabalho daqueles que de si dependem.

Fez ainda referência aos trabalhos de Daniel Goleman e à importância dos líderes desenvolverem a sua inteligência emocional e ao livro “The Trust Equation” de David Maister, pela importância que tem o tema da confiança, no relacionamento entre pessoas e em particular no binómio Líder/Subordinado e vice versa.

A conversa fluiu fácil e interessante, para outros rumos, num “bate papo” com Fernando Pinto, o que levou Vítor Sevilhano a falar do seu herói da banda desenhada, Lucky Luke, e de dois livros, menos técnicos mas com mensagens muito profundas e actuais, “Afinal Quem São Eles”, de Steve Ventura e B.J.Galleher da Actual Editora e “A Peacock in the Land of Penguins”, de B. J. Gallagher Hateley & Warren H. Schmidt, da Mac GrowHill, onde foram enfatizados os temas da flexibilidade e adaptação às circunstâncias, da responsabilização individual e do direito à diferença e tolerância da diversidade.

O moderador, José Prata, perguntou ainda a Vítor Sevilhano o que o levou a escrever o livro “Cartas ao Futuro – um exercício de cidadania”, a que este respondeu remetendo-o para parte do título do livro – “exercício de cidadania”. Qual voz de cidadão interessado que quis deixar uma mensagem e um legado para as novas gerações que iniciam uma carreira e devem pautar o seu desenvolvimento e o seu percurso por um conjunto de valores e de competências associadas a uma liderança efectiva.

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