O Sexo e a Empresa

sex20and20the20citySubstitua-se a Sarah Jessica Parker por um qualquer CEO e as amigas por outros tantos Board Members e um CFO, faça-se uma analogiaentra a obsessão por sapatos da primeira e o Business Plan da empresa, compara-se os saltos e baixos da relação amorosa com Mr. Big com as flutuações da bolsade valores e temos uma versão bastante aproximada do que se passa na empresa moderna.

Mas analogias à parte e saltando os preliminares…afinal onde fica o sexo nesta questão?

Com bastante inocência e uma boa dose de inexperiência quando decide iniciar a sua actividade, a empresa da cena económica actual depara-se com uma série de situações (consoante o seu género) que testam, logo na sua “primeira vez”, os seus limites, mais ou menos precoces, e definem em muitos casos a sua futura orientação!

 Há, claro, que ter em conta que passado o período de euforia inicial em que tudo é novidade e há uma grande margem de manobra para a experimentação (e a falta de experiência desculpa tudo), a tendência é, naturalmente, para que haja uma acalmia e os ânimos se refreiem. O que é normal e de certa forma saudável para que possa haver uma certa consolidação das relações que a empresa vai estabelecendo ao longo do tempo, valorizando nesta fase posterior mais a qualidade do que propriamente a quantidade.

Com o passar do tempo (que nalguns casos é muito relativo), muitas empresas começam a entrar no caminho da indiferença ou mesmo noutras vias mais problemáticas e, seja por um ou outro motivo, acabam por promover, junto dos seus colaboradores e clientes, uma certa rotina e enfado.

Por norma há sempre quem se acomode e se conforme com a indiferença, ou então se farte e ponha termo à relação, mas a maioria vê aqui sempre uma “fase” e tende a dar uma oportunidade, fazendo esforços para reavivar a chama inicial!

Como sair então da rotina? Há quem invista, há quem contrate especialistas, há quem tente novos rumos e novas tecnologias e por norma há sempre uma grande expectativa quando se perspectiva uma mudança na empresa!

 Nesta espécie de “terapia de casal”, versão corporate, prometem-se reformulações, spin-offs, mudanças de chefias e cultiva-se a Fé que “agora é que é, a coisa vai melhorar”!

Mas atenção porque também a Fé pode mudar, visto que hoje em dia as crenças já não são para sempre, e quando o santo da casa não faz milagres, porque muitas vezes só se preocupa com o próprio umbigo, é certo e sabido que o Belzebu começa a “atentar” mesmo os menos afoitos!

E havendo tentação pouco há a fazer! Já Oscar Wilde dizia que resistia a tudo menos à tentação, aliás, segundo ele, o melhor remédio era mesmo não resistir-lhe! A empresa moderna parece obedecer à mesma lógica, porque, lugares comuns à parte, toda a gente tem o seu preço!

Por Isolda Brasil

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