O novo imperativo empresarial

imperativo_empresarial_O que querem os consumidores? Num mundo cada vez mais conduzido pela experiência, os consumidores anseiam por aquilo que é Autêntico. A sua empresa já descobriu o que fazer em relação a isso? Joseph Pine explica como, em entrevista exclusiva à ED.

Existe um paradoxo da Economia da Experiência: quanto mais planeado parece o mundo, maior a exigência pelo que é verdadeiro. À medida que a realidade é preparada, alterada e comercializada, os consumidores respondem ao que é envolvente, pessoal, memorável – e, acima de tudo, autêntico. Se os consumidores não consideram verdadeiro o produto oferecido, a empresa será marcada como não autêntica – falsa! – e corre o risco das vendas caírem. Ao satisfazer a procura do consumidor por autenticidade – em todo o tipo de ofertas – conquista-se o coração, a cabeça e o poder de compra. Prenunciando a criação de uma nova disciplina de Gestão, Joseph Pine e James H. Gilmore autores no livro Autenticidade facultam uma série de ferramentas práticas de gestão que ajudam as empresas a: avaliar a percepção que as pessoas têm da sua autenticidade através de novas ferramentas, incluindo a matriz Verdadeiro/Falso; desenvolver novas abordagens para apelar ao verdadeiro; implementar estratégias específicas para transmitir autenticidade. Do Starbucks à Geek Squad, de Veneza ao The Venetian, o livro analisa também o sucesso das empresas que se identificam com as auto-imagens e os desejos dos seus consumidores. Autenticidade oferece a chave para identificar uma empresa com as percepções que o consumidor tem daquilo que é pessoal, valioso e verdadeiro.

Foi um dos oradores no Portugal Tourism Summit. Quais os temas tratados?

O Turismo em Portugal reconheceu o quão importante é criar experiências grandiosas para os turistas, proporcionando-lhes uma agradável estada de forma a contar aos amigos, passando a palavra, e atraindo mais pessoas a Portugal. Neste sentido, é crucial que essas experiências sejam autênticas. Entrámos numa Economia de Experiências e o turismo é ainda o número um na indústria das experiências. Hoje em dia, todos os países proporcionam experiências, o que torna o mundo mais competitivo. Conseguimos alcançar experiências virtuais em todo o lado, incluindo nas nossas próprias casas e jardins.

Chegou a prever o boom do mercado das experiências,num livro seu.

Sim. A recessão global incitou a questionarmo-nos o que é verdadeiramente valioso. E apercebemo-nos que valorizamos muito as experiências, não precisamos mais do que é material. A experiência que partilhamos com a família, amigos e até com estranhos é o capital dos nossos dias.

PARA LER O ARTIGO NA INTEGRA CONSULTAR EDIÇÃO IMPRESSA Nº177

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