Mercados energéticos ajustam-se ao curto prazo

A procura global de energia registou uma evolução mais lenta no ano passado, numa mudança de direcção do sector acentuada pelas potências económicas de rápido crescimento da Ásia e pelo recurso a combustíveis com menor teor de carbono. Esta é uma das principais conclusões do BP Statistical Review of World Energy 2017, referente ao mundo da energia em 2016.

O mesmo relatório indica que o consumo de energia renovável continua a crescer fortemente, ao contrário do carvão. Em simultâneo, os mercados energéticos ajustam-se aos desafios de curto prazo, refere a BP, destacando o mercado do petróleo, que “se ajustou em 2016 ao excesso de oferta que dominou o mercado nos últimos anos”.

Bob Dudley, Chief Group Executive da BP, refere mesmo que os «mercados globais de energia estão em transição». Em comunicado, acrescenta que as tendências de longo prazo estão a mudar os paradigmas de procura, bem como a oferta disponível, «à medida que o mundo tenta responder ao desafio de fornecer a energia necessária enquanto reduz as emissões de carbono».

O BP Statistical Review of World Energy 2017 indica ainda que, no ano passado, e pelo terceiro ano consecutivo, a procura global de energia foi “fraca”, apresentando um aumento de apenas 1% – cerca de metade da taxa média de crescimento dos últimos 10 anos.

A procura por petróleo aumentou 1,6%, sendo que a produção subiu somente 0,5%. A produção de gás natural cresceu 0,3%. Relativamente às energias renováveis, o relatório aponta para um aumento de 12%, apesar de ainda fornecerem apenas 4% da energia primária total.

Por seu turno, o carvão caiu pelo segundo ano consecutivo, verificando-se uma redução de 1,7%, principalmente devido à quebra da procura nos EUA e China.

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