Marcas de luxo têm modelo de negócio próprio

Marcas como Louis Vuitton, Rolex, Ferrari ou Hermès são insígnias de luxo e não apenas pelo tipo de produtos que vendem, mas também pela forma como o fazem. O modelo de negócio que sustem estas marcas foi escrutinado pelo Branding Strategy Insider, que lembra que muitas delas são ainda empresas familiares.

Segundo a mesma publicação, muitas das técnicas e ferramentas utilizadas, tantas vezes descritas como o oposto do que seriam boas práticas de Marketing, poderiam ser adoptadas por empresas de qualquer sector. A Apple e a Nespresso são exemplo disso mesmo: empresas que não são tipicamente consideradas de luxo mas que seguem este modelo de negócio.

Eis algumas práticas que fazem parte deste modelo de negócio de luxo:

1 – Não deslocalizar a produção. O luxo deve funcionar como embaixador da cultura local, pelo que ao comprar algo de uma marca italiana o produto deve, de facto, ser italiano e não “made in” em qualquer outro local;

2 – Publicidade não deve ser para vender. As campanhas das marcas de luxo focam-se na criação de um sonho capaz de motivar os consumidores a comprar o artigo e não na venda explícita do produto;

3 – Garantir o controlo da cadeia de distribuição. Desde a origem até à entrega em loja, as marcas de luxo sabem tudo sobre os seus produtos. Só desta forma, garantindo a qualidade dos matérias-primas, confecção e distribuição, é possível disponibilizar produtos dignos da categoria;

4 – Não aceitar licenciamentos. Pagas as taxas de licenciamento às marcas de luxo, a única forma que as empresas têm de conseguir algum lucro passa por reduzir a qualidade dos produtos. Isto significa que peças mais fracas vão circular com a chancela de uma marca de luxo o que prejudica a sua imagem.

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